domingo, julho 31, 2005

FIM DE SEMANA MUSICAL

Sala São Paulo lotada, o grande Kurt Masur regendo a Orquestra Acadêmica - Sinfonia No 1 de Mahler. Que presente dos Deuses!

Nessa mesma sala assisti, sob a regência de Roberto Minczuk: Paixão segundo São Mateus, de Bach. Maravilhoso!!!!!. Foi a última apresentação nessa sala, desse notável maestro, antes de assumir a Orquestra Sinfônica Brasileria, no Rio de Janeiro.

Hoje, foi homenageado por Jorge Forbes e pelo próprio Kurt Masur, seu antigo professor. Belas homenagens! Nós, do Projeto Análise, ficamos muito honrados por participar desse momento ímpar.

Outro programa muito legal foi o cinema em casa: OS SONHADORES (mesmo diretor de O ÚLTIMO TANGO EM PARIS). Recomendo pra todos da geração 68. Além de reviver essa época tão nossa, as referências a grandes filmes antigos, os diálogos interessantes, e as músicas.... As músicas de Janis Joplin, Jimmy Hendrix (havia uma discussão: Quem era melhor Eric Clapton ou Jimmy Hendrix?). Lembra da música LOVE ME, PLEASE LOVE ME....? E aquela com a Edith Piaf: NON, JE NE REGRETTE RIEN. Meu Deus, a trilha sonora é demaiiissss!!!!!!!

É. foi um fim de semana INTENSO!!!

quinta-feira, julho 28, 2005

PALAVRA DE MULHER

No último programa Saia Justa, do GNT, houve uma discussão acalorada sobre esse assunto. Tudo começou porque a Mônica falou dos depoimentos das mulheres na CPI, e como às vezes pinta uma "baixaria."

Mas o pivô da discussão foi um comentário de Jorge Forbes sobre a diferença entre a palavra de homem e a palavra de mulher. Vou resumir aqui a fala de Forbes porque é muito interessante:

Testemunho tem a mesma raiz de testículo. Quando um homem dá uma palavra, ele põe em risco a verdade da sua palavra, em cima de um órgão que tem uma certa importância pra ele, um órgão no seu corpo. Quando uma mulher dá uma palavra, por razões óbvias, ela não tem como manter ou justificar sua palavra da mesma forma que um homem.

A palavra de uma mulher é absolutamente confiável, desde que seja no mesmo contexto. Mudou o contexto, muda a palavra.

Já o homem mantém a palavra mesmo que seja contra ele, pois é como se ele quisesse preservar a espécie masculina. Ela se preserva na medida que se mantém em relação a determinado padrão, por isso é que se diz que palavra de homem é palavra de honra.

As brigas de homem seguem certas regras, como nos duelos, até hoje. Elas tem um limite, até onde podem ir e uma forma própria de como se realizam. Já a briga feminina não tem esse padrão, esse limite, porque não há nenhum tipo de cumplicidade frente a um padrão, uma cumplicidade frente a uma regra, um acordo de cavalheiros.

E então, é polêmico ou não? A afirmaçào de que as mulheres nào tem cumplicidade entre si, incomoda muito a nós mulheres. E foi uma bomba também no programa. Há quem ache que isso é machismo. Será?

Truco!!!!

quarta-feira, julho 27, 2005

FRAGMENTOS

"Nenhuma presença é mais real que a falta."

"O percurso dos séculos espelha rugas na geografia da pele."

"Com quantos ferros se faz uma manhã?"

"Não acuso. Nem perdôo. / Nada sei. De nada. / Contemplo."

"O verso é feito do ar que se respira."

"Como quem de viagem sabe o prazer de andar...."

"Guardo as tuas coisas para uma viagem..."

"Não acredito na lucidez dos homens que não doem."

"Canto porque canto, sem esperanças de glória ou ressureição..."

"Todos os sonhos são verdadeiros."

"Há os que esperam o ouro do sentido..."

"Não há outros paraisos senão os paraisos perdidos."

"O sentido do poema é o próprio poema."

segunda-feira, julho 25, 2005

CAETANO E PAULOS

Hoje escolhi duas músicas.

Pecado Original, composição e interpretação de Caetano, para o filme "A dama do lotação". A letra diz coisas muito interessantes como:
A gente nunca sabe o lugar certo de colocar o desejo
Todo beijo, todo medo, todo corpo em movimento está cheio de inferno e céu.
Todo homem, todo lobisomem sabe a imensidão da fome que tem de viver.
Mas a gente nunca sabe mesmo o que é que quer uma mulher.

Bandeira de Guerra é uma linda letra de Paulo Vanzolini, um poeta que sabe como poucos, transformar uma história em música. E nessa versão, interpretada nada mais nada menos que pelo meu preferido Paulinho da Viola. Maravilhoso!

DELICIEM-SE!!! É SÓ CLICAR ABAIXO:
Pecado Original
Bandeira de Guerra


domingo, julho 24, 2005

DICAS PARA A SEMANA


GASTRONOMIA: Aulas de gastronomia com André Genesini
Corso Pasta con colore e sapore:
Aprenda a fazer quatro massas repletas de cor e sabor.
Dia 17 de agosto - 20hs.
Local:
Livraria Mille Foglie
Rua da Consolação, 3542 São Paulo
Tel. 11 3083-6777
MAIORES DETALHES: http://www.genesini.com/gastronomia/cursos/pcolore/

André fez também uma matéria super picante na revista ALTA GASTRONOMIA de julho: Sinfonia de camarões. Veja a receita e os detalhes clicando: http://www.genesini.com/gastronomia/midia/apimenta/apimenta01.htm

CAUIM - alta gastronomia, do comandante/chef Carelli, além de uma vista deliciosa da Rio-Santos.

Visitei o CAUIM na volta de Ilhabela. Foi a chave de ouro da semana. Os pães deliciosos, os pratos saborosíssimos, bem-apresentados, o menu bem selecionado, uma aventura para os amantes da gastronomia.


O risoto de frutos do mar é muito bom....molhadinho......hum!!!!!

As sobremesas sào uma tentação. Este pudim de leite com doce de leite no centro, foi feito especialmente para Tetéia. Experimentei vários pratos e não sei qual é o mais gostoso. Acho que terei que voltar lá muitas vezes. E pra chegar lá: Praia de Boiçucanga - AV. WALDIR VERGANI 2322 (Rodovia Rio-Santos), fone (12) 3865-1208/1650.

ARTES PLÁSTICAS: Guto Lacaz, entre outros, estão expondo seus trabalhos em São Paulo. GLAMURAMA selecionou algumas fotos. É só clicar: http://glamurama.ig.com.br/galerias/014001-014500/14462/14462.html

E agora ofereço umas pérolas do MILLOR DEFINITIVO:

O que é mais difícil - aceitar o mais forte, suportar o mais rico ou admitir o mais bonito?

A alma enruga antes da pele.

Nada essencial pode ser ensinado. Mas tudo tem que ser aprendido.

Tristezas não pagam dívidas. Nem bravatas, por falar nisso.

Quem se apaixonou por uma fera corre o risco de morrer de amor.

O pior do espírito esportivo é que a gente só pode demonstrá-lo na derrota.

Idade da razão é quando a gente faz as maiores besteiras sem ficar preocupado.

Desconfio sempre de todo idealista que lucra com seu ideal.

Existe no mundo algo mais assustador do que pessoas assustadas?

Pra fazer uma boa teoria é preciso muita prática.

A verdade não é só mais incrível que a ficção como é muito mais difícil de inventar.

A verdade é aquilo que sobra depois que você esgotou as mentiras.

A vida é incurável.

sexta-feira, julho 22, 2005

UMA GATA CHAMADA MIA




Quando me lembro como era quando a trouxemos pra casa há seis meses, me espanto com seu tamanho hoje. Mas ela ainda é uma criança. Adoro acordar e sentir o carinho de suas patas de veludo no meu rosto. O ronronar de satisfação por brincar comigo e até tirar uma sonequinha junto de mim, na coberta quentinha, é muito gostoso.

Mia é uma gata especial. Tem pilha carregada o tempo todo. Super brincalhona e curiosa, fica ansiosa pra brincar com o papel do bombom. Impossível não comer bombom só pra vê-la chutando a bolinha de papel e pegando-a com a boca.

O barulho da impressora a fascina. Quando percebe seu funcionamento, vem como uma bala de onde estiver e sobe na impressora para acompanhar a impressào. Sempre tenta colocar a patinha sobre a folha que está saindo e fica também batendo no fundo da impressora, como se quisesse descobrir a mágica que a impressora processa. Muito esperta.

Essa Mia é uma alegria só!

Delicie-se com GATO GATO, de Otto Lara Resende, que Tetéia me mostrou. É só clicar em: http://www.releituras.com/olresende_menu.asp

segunda-feira, julho 18, 2005

CLICS DA SEMANA DE VELA DE ILHABELA

Prontas para o café da manhã. O dia começava com muito humor. Rimos muito.

Uma visão dos veleiros. No Capitan´s com Betão e Cris.

Caminhar de manhã pela vila é tudo de bom!!!!

Teresa, Carelli e seu filho Paulo.

domingo, julho 17, 2005

BLUE LABEL É PREMIADO EM ILHABELA




Subimos ao pódium!

O veleiro Blue Label, de Teresa e Carelli foi classificado em terceiro lugar em sua categoria na 32a Semana de Vela de Ilhabela.

Foi um feito e tanto, numa competição com cerca de 120 barcos. Me senti muito feliz e orgulhosa por estar presente e trazer também1 troféu pra casa.

Parabéns Carelli, Teresa e toda a tripulação.

Teresa e Carelli exibem o troféu recebido pelo veleiro Blue Label.

As Teresas comemoram com muita alegria a vitória merecida.

Foi minha primeira participação na semana de vela de Ilhabela. Por esse motivo e pela lembrança inesquecível desses dias, minha gratidão aos meus amigos . Salve Tetéia e Carelli!!!

sexta-feira, julho 15, 2005

quinta-feira, julho 14, 2005

32a SEMANA DE VELA DE ILHABELA

O sol e o astral de Ilhabela são únicos!

Valeu a pena. Sempre vale a pena se a alma não é pequena (FP).

O Blue Label, veleiro de Teresa e Carelli, está arrasando! Sempre entre os três primeiroa classificados. Trouxe sorte para a tripulação, foi o que disseram.

Vamos torcer para o resultado final. Aguardem mais notícias.

segunda-feira, julho 11, 2005

REUNIÃO DE FINAL DE SEMESTRE DO NUPPE

A reunião de final de semestre do NUPPE foi muito legal.
Maria Inez ofereceu sua casa e mostrou que é ótima anfitriã. O papo rolou solto e não faltaram os artistas do grupo: Rodrigo no violão e Flander na gaita. Eu quis cantar Cajuína, mas não fazia parte do repertório dos artistas. Espero que treinem para a próxima reunião. Sentimos falta dos colegas que não compareceram, especialmente da Leny - impedida de participar por causa de uma gripe forte.

Escolhi uma música em homenagem ao grupo. Clique em Beatles e curta.

domingo, julho 10, 2005

HOMENAGEM À FLIP

VERSO, REVERSO, CONTROVERSO (Augusto de Campos)

Assim como há gente que tem medo do novo, há gente que tem medo do antigo. Eu defenderei até a morte o novo por causa do antigo e até a vida o antigo por causa do novo. O antigo que foi novo é tão novo como o mais novo. O que é preciso é saber discerni-lo no meio das velhacas velharias que nos inspiraram durante tanto tempo.
“Como uma tal falta de gente coexistível, como há hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos, ou quando menos, os seus companheiros de espírito?” (Fernando Pessoa)
A minha maneira de amá-los é traduzi-los. Ou degluti-los, segundo a Lei Antropofágica de Oswald de Andrade; só me interessa o que não é meu. Tradução para mim é persona. Quase heterônimo. Entrar dentro da pele do fingidor para refingir tudo de novo, dor por dor, som por som, cor por cor. Por isso nunca me propus traduzir tudo. Só aquilo que sinto. Só aquilo que minto. Ou que minto que sinto, como diria, ainda uma vez. Pessoa em sua própria persona.
Outrossim, ou antes, outronão: tradução é crítica, como viu Pound melhor do que ninguém. Uma das melhores formas de crítica. Ou pelo menos a única verdadeiramente criativa, quando ela – a tradução – é criativa.
(...) A poesia é uma família dispersa de náufragos bracejando no tempo e no espaço. Tento reunir aqui alguns de seus raros sobreviventes, dos que me falam mais de perto: os que lutaram sob uma bandeira e um lema radicais – a invenção e o rigor. Os intraduzidos e os intraduzíveis. Os que alargaram o verso e o fizeram controverso, para chegar ao reverso.
(...) A poesia, por definição, não tem pátria. Ou melhor, tem uma pátria maior. “Um Oriente ao oriente do oriente.” Mas se disserem que tudo isso não tem nada a ver com “as nossas raízes”, é outra mentira. Um dia, um dedo, um dado dizem o contrário. É isso. Ovo novo no velho. “Fui-o outrora agora.”

Gosto muito dos irmãos Campos. O texto que apresentei é o prefácio escrito por Ausgusto de Campos em seu livro VERSO, REVERSO, CONTROVERSO. Selecionei uma poesia "metafísica" desse livro, pois é um estilo que me atrai. A visão de Augusto sobre os metafísicos é bem interessante: "A fantasia imaginativa dos "metafísicos" pode chegar a incríveis descobertas e até à proeza de poetizar aquilo que é aparentemente impoetizável".

A DEFINIÇÃO DO AMOR (Andrew Marvell: 1621-1676)

O meu Amor nasceu tão raro
Como de alta qualidade:
Gerado pelo desespero
Sobre uma Impossibilidade.

Só o Desespero pôde um dia
Mostrar-me tão divino céu,
Que a Esperança vã adia
Com sua Asa de Ouropel.

Eu poderia chegar lá
Onde a minha Alma se perdeu
Se não pusesse a Sorte má
Cunhas de Ferro entre ele e eu.

É que a invejosa Sorte ao ver
Amantes tão perfeitos teme
Depor ante um mais alto leme
O seu Tirânico poder.

Por isso seu Decreto de Aço
Como dois Pólos nos fez sós
(Embora o Amor como um compasso
Circunde o mundo todo em nós),

A menos que o Céu oco caia,
A Terra perca o seu Império
E o Globo inteiro se contraia
Para nós dois em Planisfério.

Devíamos ser como aquelas
Linhas oblíquas num abraço,
Mas somos estas Paralelas
Infinitas no espaço.

Assim, o Amor que nos faz sê-las
E a Sorte aparta injustamente
É a Conjunção da nossa Mente
E a Oposição das Estrelas.
(tradução de Augusto de Campos)

sábado, julho 09, 2005

546 - PRIMEIRO FILME DO VICTOR

Letícia começou suas férias com o pescoço torcido. Victor veio dar seu apoio e trouxe um filme que ele fez sobre a casa da sua infância, de número 546.

Um filme muito sensível, com edições de vídeos da sua infância, fotos e entrevistas. Uma trilha sonora muito legal. Foi uma boa sessão da tarde.

Victor tem um futuro promissor como cineasta!

Como dizia Chico Buarque, a casa de número 546 no Butantã, é a casa do Oscar (Niemeyer)

quarta-feira, julho 06, 2005

QUE FALTA VOCÊ ME FAZ

É o nome do CD da Maria Bethânia, só com músicas de Vinícius de Moraes. Está lindo!
Gosto de muitas das músicas selecionadas e escolhi a que mais gosto: NÃO EXISTO SEM VOCÊ.
Ouça e diga se gosta também.

É só clicar: Não Existo

terça-feira, julho 05, 2005

A COMPAIXÃO

Assisti neste domingo, no Café Filosófico da TV Cultura, uma palestra de Jorge Forbes sobre A Compaixào. Foi muito boa. Tanto, que fiz um resumo para colocar nesse meu espaço cultural:

Rousseau definia compaixão como a simpatia pela tragédia do outro, pela infelicidade alheia.
Houaiss define compaixão como sentimento piedoso pelo pesar do outro.
Hoje, ter compaixão não é ter simpatia. Compaixão está vinculada à dor e ao sofrimento.Ela tem efeito depressivo. Esse sentimento leva à idéia que pra tudo tem remédio.
O psicanalista pensa o contrário: não há problema que uma falta de solução não resolva. Se para tudo houvesse remédio, seria possível traduzir completamente a essência de cada um no outro, num remédio, numa bula, numa tecnologia, qualquer coisa. A posição psicanalítica é de que a vida não tem remédio.
A psicanálise não defende a compaixão, mas a antepõe à responsabilidade amorosa.
Nietzsche já dizia: “Vosso mau amor de vós mesmos vos faz do isolamento um cativeiro.”
Lacan disse: “Desconfie das ciladas da compaixão, daquilo que nos impele de fazer mal ao outro...eu sinto pelo outro para não ter que sentir em mim”....
Nietzsche e Lacan se contrapõem a Rousseau.
E o homem obsessivo tem necessidade de se manter no exercício de uma compaixão falsa, de um altruísmo falso. Aí aparece a angústia, que é a presença de algo não especularizável: a pedra no meio do caminho. O obsessivo só se preocupa com a perfeição, não se arrisca, não se expõe, deixa o outro escolher e outra pessoa, muitas vezes sua mulher, tem a função de recobrir essa pedra no meio do caminho.
A compaixão está em oposição às emoções tônicas – perde-se força quando se compadece. A compaixão piora o padecimento que a vida já traz. A compaixão é contagiosa.À compaixão arma-se em favor dos desarmados e condenados da vida e pela multidão de malogrados de toda espécie que mantém firme o pavio – dá à vida mesma um aspecto sombrio e problemático.
E por que a compaixão é vista com mais seriedade que a simpatia? Porque temos a tendência de dar mais peso e verdade à dor e ao xingamento que a alegria, a felicidade e o elogio. Quem elogia é visto sempre como um bajulador e, quem insulta, é aplaudido. Porque a angústia é tanta, o medo de não conseguir ser seduzido é tanto, que é preferível ser insultado.
Se a simpatia não tem o mesmo poder da compaixão é porque a simpatia perdeu a ligação com a dor. O desbussolamento da globalização vai ver crescer as situações de compaixão.
Estamos numa época favorável a transformar a compaixão como cimento do laço social e fazer dela uma virtude. Para fazer isso nós fixamos as pessoas num laço imaginário, retirando delas a possibilidade de se responsabilizarem pelo incompleto da vida.
Há porém, outros caminhos preferíveis. Há uma ética mais próxima a todos nós, em que cada um dê uma resposta, que é a não solução, que é a responsabilidade da invenção.



segunda-feira, julho 04, 2005

POEMAS COLOMBIANOS ENVIADOS POR GONZALO

Poemas de Luis Carlos López (1.879 - 1.950)

Luis Carlos López, es uno de los poetas Colombianos con mejor sentido del humor que se pueda encontrar. Es tal vez mas conocido por su apodo de “El Tuerto López”, porque había perdido un ojo. Cartagenero y caribe, irreverente genial, auténtico.


SERENATA

Asómate A la ventana,
Para tirarte un limón.
Victor Hugo

¡Ay, Camila, no vuelvo
ni al portón de tu casa,
porque tu, la mas bella
del contorno, me matas
con promesas que saben
a bagazo de caña!

¡Nada valen mis besos
y achuchones….. Y nada
si murmuro en tu oreja,
tu orejita de nácar,
cuatro cosas que tumban
bocarriba una estatua!

¡Ah.. te juro que nunca
tornaré por tu casa,
ya que tú, mas bonita
que agridulce manzana,
tienes ¡ay! la simpleza
del icaco y la guama!

¡Y eres mas que imposible,
pues tus mismas palabras
son candados, pestillos,
cerraduras y aldabas
de tus brazos abiertos
y tus piernas cerradas!!


A Satán

“Acude, rey infernal”
Fausto

Satán,
te pido un alma sencilla y complicada,
como la tuya. Un alma feliz en su dolor.
Tú gozas – y yo envidio tu alegre carcajada –
si un tigre, por ejemplo, se come un ruiseñor.

¡Mi vida, esta mi vida, te ofrece una trastada!...
--- Mi vida, flor inútil, sin tallo y sin olor,
se dobla mustiamente ya casi deshojada….
Y el tedio es un gusano peludo en esa flor!

¡Pensar diez disparates y hacer mil disparates!...
Pues tú, Satán, no ignoras que yo perdí el Camino,
y es triste – aquí en la tierra del coco y del café—

Vivir como las cosas en los escaparates,
para de un aneurisma morir cual mi vecino….
--¡morir sentado en eso que llaman W.C.!!

Aqui dejo una prueba que a mi amigo Gonzalo, como buen matemático, le encantan los poemas.

sábado, julho 02, 2005

A poesia - toda - é uma viagem ao desconhecido (MAIAKÓVSKI)

A FLAUTA-VÉRTEBRA

A todos vocês,
que eu amei e que eu amo,
ícones guardados num coração-caverna,
como quem num banquete ergue a taça e celebra,
repleto de versos levanto meu crânio.

Penso, mais de uma vez:
seria melhor talvez
pôr-me o ponto final de um balaço.
Em todo caso
eu
hoje vou dar meu concerto de adeus.

Memória!
Convoca aos salões do cérebro
um renque inumerável de amadas.
Verte o riso de pupila em pupila,
veste a noite de núpcias passadas.
De corpo a corpo verta a alegria.
Esta noite ficará na História.
Hoje exercitarei meus versos
na flauta de minhas próprias vértebras.

Maiakóvski nasceu em 7 de julho de 1893. Ainda faltam uns dias para o seu aniversário, mas como acordei pensando nele, resolvi colocar aqui um de seus poemas que mais gosto. Espero que aqueles que compartilham essa paixão por sua poesia e pelo homem que foi, apreciem também.

sexta-feira, julho 01, 2005

LEMBRANÇAS

Antigas lembranças. De um tempo em que caminhávamos de mãos dadas pelas ruas de Itapetininga cantando as canções de Tom, Chico, Edu e Torquato.
O tempo passou, o mundo girou e elas estão aí:

Retrato em Branco e Preto

Pra Dizer Adeus