quarta-feira, dezembro 30, 2015

Terminando 2015



O ano de 2015 não foi fácil. Teve boas e más surpresas.
Perdi uma grande amiga, de repente,
Meu filho se casou - Priscila e André formam um belo par.
Trabalhei e me estressei bastante. Estudei muito. Viajei. Encontrei amigos.
O CD Nasci para Bailar deste ano traz lembranças que gosto e esta música, em particular fala delas:




 Outra música que amo, que me traz boas lembranças:

 E para sair da tristeza e encarar a vida segue um Bom Conselho:

sexta-feira, dezembro 25, 2015

CD NASCI PARA BAILAR 2015-2016

 

O CD Nasci para Bailar já tem história. Começou no Natal de 2004, como um presente para os meus amigos. No ano seguinte comecei a escrever o blog Nasci para Bailar e adotei o nome do blog para o CD, sempre finalizado para o tempo do Natal. A ideia era colocar no CD uma seleção escolhida entre as músicas que fizeram a minha cabeça naquele ano, postadas no blog.

São músicas de CDs lançados no ano, comemorações de aniversário do compositor ou do cantor, músicas que curti num show, lembranças de algum fato importante para mim - enfim, as músicas que de alguma forma me marcaram naquele ano.
É uma forma de presentear meus amigos com algo que representa aquilo que gosto e que quero compartilhar com eles.

Em 2006 meu amigo Guto Lacaz ofereceu-se para fazer a arte da capa. Fiquei super feliz com esse presente, pois admiro muito a arte desse grande designer e me sinto honrada por essa parceria. Até hoje Guto faz a capa, contra-capa e o selo do CD.
No início contava com a ajuda de Juliana Juliani na gravação e edição, mas nos últimos dois anos ela não pode continuar me ajudando e então Claudia Petri veio me ajudar na edição do CD. Um trabalho de amigos para amigos.

O CD deste ano traz uma música inédita: Corra e olhe o céu - de Cartola, cantada por Teresa Cristina - single que foi lançada nas mídias digitais nas vésperas da edição do Nasci. O CD será lançado em janeiro de 2016 no Rio e em São Paulo no show Teresa canta Cartola.

Fazem parte do CD Nasci para Bailar deste Natal músicas do show de Paulinho da Viola 50 anos, tendo também Teresa Cristina, uma de suas melhores intérpretes. Adorei o documentário Chico Buarque, que ainda está em cartaz nos cinemas e por isso tantas músicas do Chico foram selecionadas, com ele e outros intérpretes. Outro documentário que amei foi o de Nina Simone - razão de colocar uma música com ela.
Roberto Carlos nunca pode faltar. Decidi fazer um revival, como no ano passado, pelo fato de já ter mais de uma década, e então cerca de metade do CD traz outras interpretações de músicas já contempladas em CDs anteriores, de músicas que gosto muito.
Trouxe também nesta edição músicas que amo, que fazem parte da minha história, como All I Know, In my life, One more kiss dear e Maricotinha.

Espero que curtam este CD. Eu já gosto muito dele.
Feliz Natal!
Ótimo Ano Novo!

Veja a lista das músicas do CD Nasci para Bailar 2015-2016:
1.       Corra e olhe o céu – Teresa Cristina – Cartola
2.       O meu amor – Chico Buarque – Chico Buarque
3.       I have a dream – ABBA - Benny Andersson & Björn Ulvaeus
4.       Here comes the sun – Nina Simone – George Harrison
5.       Quem te viu, quem te vê – Chico Buarque – Chico Buarque
6.       Você não me ensinou a te esquecer – Caetano Veloso - Fernando Mendes e José Wilson
7.       Como vai você – Roberto Carlos - Antônio Marcos / Mario Marcos
8.       Feitiço da vila – Mart’nália – Noel Rosa & Vadico
9.       Foi um rio que passou em minha vida – Paulinho da Viola & Velha Guarda da Portela – Paulinho da Viola
10.   Sei lá Mangueira – Paulinho da Viola, Caetano Veloso e Chico Buarque – Paulinho da Viola
11.   Why worry – Dire Straits – Mark Knopfler
12.   Carinhoso – Marisa Monte & Paulinho da Viola – Pixinguinha e João de Barro
13.   Bom conselho – Chico Buarque – Chico Buarque
14.   Coisas do mundo minha nega – Teresa Cristina – Paulinho da Viola
15.   In my life – The Beatles - John Lennon e Paul  McCartney
16.   One more kiss dear – Vangelis - Peter Skellern / Vangelis
17.   All I know – Art Garfunkel – Jimmy Webb
18.   Outra vez – Roberto Carlos – Isolda
19.   Cuesta abajo – Caetano Veloso - Alfredo Le Pera & Carlos Gardel
20.   Over The Rainbow/What a Wonderful World - Israel Kamakawiwo'ole
21.   Maricotinha – Chico Buarque & Dorival Caymmi – Dorival Caymmi
22.   Aquele abraço – Gilberto Gil & Zeca Pagodinho – Gilberto Gil
23.   O show deve continuar – Fundo de quintal - Arlindo Cruz & Luiz Carlos Da Vila 

quinta-feira, dezembro 24, 2015

MEDIDAS DE NATAL


“E então é Natal. A árvore enfeitada, a rua apressada, o trânsito congestionado, as luzes. (...) Temos o Natal, para corrigir o ano que passou, ganharmos o que não realizamos, e logo em seguida o Ano Novo, para prometer o ano que virá. (...) Uma coisa é certa, ninguém escapa ao Ano Novo. Não dá para resistir à sua chegada, não dá para atropelá-lo, não dá para ignorá-lo. Ele marca uma data para todos, nisso é universal; ele possibilita a cada um contar e fazer a sua história, nisso é singular”, diz Jorge Forbes.
Boas Festas! 
Editorial de O Mundo visto pela Psicanálise - edição de Natal (por Teresa Genesini)


Medidas de Natal


Ele trocava as etiquetas dos vestidos de sua mãe todos os Natais. Demorou muito tempo para que seus sete irmãos descobrissem a trapaça afetiva do mais velho. Todo ano era a mesma coisa: só ele acertava o manequim correto, número 42. Não havia nada que fizesse sua querida mãe perder o corpinho voleibolista dos seus 20 anos de doce memória: nem o peso da idade, nem a vida sedentária, nem o refinamento gastronômico. Ela, a mãe de todos, bonita e inteligente mulher, desfilava orgulhosa o presente do queridão, o primeiro filho. O único que tinha bom gosto e bom olho, que acertava suas justas medidas, que não comprava aquelas roupas 44, ou 46, que ela nem iria experimentar, pois eram para uma mulher muito mais velha e gorda: a prova estava dada.

O queridão sorria orgulhoso e cínico, feliz pela reafirmação de filho preferido, feliz pela cara abobalhada-raivosa de seus irmãos. Só ele sabia como vestir uma mulher tão especial, a mãe. E o truque era simples, uma banal troca de número, sempre pelo 42, que ele mesmo costurava.

Esta é uma história verídica. Ela conta um dos mais corriqueiros fenômenos que ocorrem nesse tempo natalino: a Expectativa. Expectativa com e maiúsculo, pois diz respeito a fatores fundamentais da identidade: como sou visto, como sou querido, como sou medido. Um mene mene tekel ufarsim, que o profeta Daniel soube interpretar. Se todo ano se renova a possibilidade é porque o erro é frequente e o acerto é raro: só com truque, como já foi visto. Como esperar que o outro saiba o que eu quero, se nem eu mesmo sei e nem ele sabe o que quer? Não dá, a promessa de briga é certa. Aliás, sob este aspecto e não sob a politicamente correta visão de paz universal na fratria humana, o Natal é muitas vezes festa de briga com hora marcada.

O presente. O presente, em sua dupla acepção de tempo e de objeto que se oferta, espelha a complicação. Não importa o esforço, a busca, a invenção, você está condenado a errar na sua escolha de presente. O máximo que vai conseguir é o 'quase-isso'. Se o presente for caro, o que vai interessar é se você foi pessoalmente comprá-lo; se for barato, uma lembrancinha respeitando o cinto curto, você vai ser acusado de regulador e ímpio, pois nem no Natal se solta e confia no futuro; se for roupa, ou livro, você será interpretado como aproveitador do Natal, pois roupa você ia mesmo ter que comprar e livro é uma forma sutil de você impor suas preferências intelectuais; se for um vale-viagem, ou restaurante (para não dizer refeição), você vai ser visto como preguiçoso, que só dá presente de papel; se for uma joia, vão dizer que você está pensando na herança de seus filhos; se for um brinquedo, ou um jogo, invariavelmente você vai comprar o que ele já tinha, ou o modelo ultrapassado, ou, pior, você nem vai comprar, ficando humilhado pelo preço astronômico; enfim, como dizem os franceses, em sua discreta grossura: un bâton merdeux.

Não tem lado bom para se pegar. Melhor retirar-se, diria a etiqueta da prudência, por um compromisso inadiável, antes da abertura dos pacotes, deixando Papai Noel em seu lugar. Afinal, foi também para isso que o inventaram: reclamações, só na Lapônia. Ponha o que trouxe sob a árvore com um bilhetinho simpático e saia de mansinho logo no início da sobremesa. Você já reviu todo mundo - vai ter um ano para lembrar ... -, já conheceu os novos agregados, já computou as baixas, já disse quatro vezes: Como cresceu! outras tantas: Como você (ainda) está bem!, já comeu panetone, peru, porco, fios de ovos, pêssegos e nozes, como no ano passado e nos anteriores, você já se convenceu que no ano que vem tem mais. O presenteado vai encontrar seu bilhetinho e, com sorte, vai suspirar: Puxa, que presente legal e ele nem mais está aqui!

É assim, o presente é sempre de um outro lugar, com etiqueta trocada. Feliz Natal.

Jorge Forbes - Artigo publicado no jornal ESTADO DE SÃO PAULO - Aliás, em 19 de dezembro de 2004.

sábado, julho 18, 2015

NINA SIMONE


Assisti hoje ao documentário da Netflix sobre Nina Simone: WHAT HAPPENED, MISS SIMONE?

Adorei! É muito bem feito. Impossível não ficar tocado com sua história, sua música, sua loucura.

Veja aqui o trailer:




Depois de ver o filme, nada melhor do que ouvir mais Nina Simone.


quinta-feira, julho 02, 2015

A FESTA LITERÁRIA DE PARATY


A cada ano, durante a FLIP, Paraty se transforma em festa. Festa da literatura. E quem não gosta? Na Flip, expressão da pós-modernidade, os laços sociais se misturam. Autores e leitores, jornalistas, editores, pensadores, intelectuais, observadores, todos se encontram e se entrelaçam – não é uma feira, é uma festa. Livrarias superlotadas, eventos em vários locais, a tenda dos autores com ingressos disputados, poesia e música na praça – dão o tom.

Neste ano o autor homenageado é Mário de Andrade, um dos maiores intelectuais do século XX. Escritor – poeta e romancista, músico – crítico musical e folclorista, gestor e agitador cultural, foi “trezentos, trezentos e cinquenta”, como ele disse num poema. Um dos criadores da Semana de Arte Moderna, em 1922 – um marco na literatura brasileira, foi também um crítico do modernismo.

A Festa Literária de Paraty começou na quarta-feira, 1º de julho, com a mesa “As margens de Mário” apresentada por três conferencistas. Beatriz Sarlo traçou um paralelo entre as gerações modernistas do Brasil e da Argentina na década de 1920. Eliane Robert Moraes concentrou-se na erótica do autor. Eduardo Jardim, que acaba de lançar a primeira biografia de Mário – “Eu sou trezentos” – falou da multiplicidade do autor, enfatizando sua atuação como agitador e gestor cultural. A questão da sexualidade de Mário de Andrade esteve presente o tempo todo, como se fosse determinante em sua obra. Pena! É importante lembrar que a opção sexual não determina a escrita.

Que a escrita convoque as mais íntimas pulsões, ninguém duvida, desde Freud. Mas as relações não são simples: o século XIX – assim podemos ler até a sublimação em Freud – pensa muitas vezes a relação em termos de energética: o gasto do sêmen é prejudicial à criação literária, como o dizia, com crueza, Flaubert. O trato da sexualidade obedecia a um ideal de poupança burguesa que também comandou a condenação do onanismo por motivo de desperdício. O amor, em contrapartida parece um elemento essencial para o acesso à poesia.

Mas da ligação entre desejo e escrita, seria legítimo deduzir que a sexualidade do homem explica a obra? Sem dúvida não. O que há na obra, na qual se reconhece algum eco de uma dimensão poética da linguagem, o ressoar das palavras, é toda a oferenda ao outro de uma intimidade mais secreta, na qual a nossa se encontra com ela mesma. E é disso que é feito o gozo do texto.

Como diz Mário,
(...) “Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
Mas um dia afinal eu toparei comigo...
Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
Só o esquecimento é que condensa,
E então minha alma servirá de abrigo.”

A festa está começando. Que a FLIP 2015 esteja à altura do seu homenageado!

domingo, junho 14, 2015

MARIA CLARA - UMA GRANDE AMIGA


 Lembranças !

De tudo fica um pouco dizia o poeta. Ficaram muitas lembranças boas, uma amizade de muito tempo, de muitas vivências, que não se acaba com a morte.

Mas fica uma tristeza, uma sensação de impotência, de não saber o que fazer.



Maria Clara era da turma da Poli, da turma da Andersen Consulting, da nossa turma. Também era parte da turma de Itapê.

Vivemos várias fases juntas, às vezes nem tão juntas, mas sempre presentes nos momentos importantes e unidas pela forte amizade.

Quando moramos no México ela foi nos visitar.

Quando passei momentos muito difíceis ela teve uma presença super importante, que fez toda a diferença e minha gratidão ultrapassa a dimensão deste mundo.


Quando fui desfazer o apartamento de Letícia em Milão ela foi me ajudar. Fomos juntas à feira do Tartufo Bianco de Alba, passeamos por Milão e vimos a Última Ceia de Leonardo da Vinci.

Em Paris fomos encontrar Maguy e curtimos muito: museus, lojas, teatros, restaurates - ela era uma excelente companhia - foi uma delícia!

Em São Paulo era boa companhia também para exposições. A última que fomos, do pintor Nelson Screnci, sobre as montanhas de São Bento do Sapucaí foi mais um pretexto para fazermos planos para novas temporadas no meu recanto nas montanhas que Marco Tulio e Maria Clara adoraram.













Seu falecimento foi um susto. Difícil acreditar que  não posso mais ligar, fazer um convite inesperado e contar com sua sempre amiga disponibilidade.

Você vai fazer muita falta amiga querida!



domingo, maio 10, 2015

DIA DAS MÃES

 Hoje é dia dela.
Dia da mãe. 
Dia das mães.
E o dia da minha mãe se confunde com o seu aniversário. 
Dia 11 de maio ela completará 88 anos. E a forma de comemorar é fazendo o que ela gosta: preparando doce de laranja e ouvindo música. 
Estamos curtindo Teresa Cristina, Paulinho da Viola e Diogo Nogueira - Samba na Gamboa, na TV Cultura. 
Salve minha mãe!
Salve as mães.


Aqui vai o programa deste domingo. Maravilhoso!

sexta-feira, março 27, 2015

ANIVERSÁRIO DE LETÍCIA GENESINI

Hoje minha filha Letícia completa 28 anos.
Uma filha muito atenciosa, presente, querida, responsável e amorosa.
Estudou Letras na USP e design no IED de Milão,
Publicou 2 livros de poesia:
UMPONTO e ENTRE.
Depois que chegou de Milão publicou um livro de design: ESPAÇOS INTERATIVOS e tem feito palestras sobre essa sua pesquisa para estudantes de arquitetura e de outras áreas.
Trabalha na Casa Rex e é muito dedicada aos estudos e ao trabalho. Tenho muito orgulho de minha filha!
São dela esses versos:
Sob o peso do toque teu corpo faz presença. Mas um corpo não recobre o hiato dessa ausência.
A língua é um mar para quem sabe navegar.
Estranho é o desejo e o que ele deixou por fazer. Do que foi feito, a gente diz, não foi mais que as tramas do querer.
Pêndulo: entre um quase lá e um quase cá - um mar que partilha vontades.
Parabéns, filha querida!!!!

sábado, janeiro 10, 2015

2015 COMEÇOU !!!

O ano começou para mim com muita luz e muita neve. Fui para Whitehorse, no Canadá, limite com o Alaska, em Youkon ver a aurora boreal. Um espetáculo ! Mágico. E a paisagem de neve é o próprio ambiente de Natal dos cartões postais. Amei !



A cabana onde ficávamos aguardando o início do espetáculo da aurora boreal era um charme!

As roupas eram alugadas, nós não temos roupa adequada para o frio que faz naquela região. Me sentia um astronauta!

Mayana e Fábio foram excelentes companheiros de viagem!