terça-feira, abril 26, 2016

FERNANDO FARO - 88 ANOS

Eu cresci ouvindo música. Sempre curti os programas de música da TV Cultura e ficava encantada com o programa ENSAIO de Fernando Faro. A forma de perguntar, em que só a resposta aparecia. Faro, o Baixo, ficava embaixo, na penumbra, só provocando. Uma delícia aquela intimidade que só ele sabia provocar. Aquelas imagens com foco aumentado em alguma parte do entrevistado, era como se o artista estivesse falando com a gente, de frente - uma sensação de doce intimidade ... 
E tudo o mais que ele produziu, criou.... tudo maravilhoso. Não houve um grande artista brasileiro que não foi entrevistado por ele. Faro misturava show com entrevista de uma forma própria. Foi o grande homem da música brasileira. Vamos sentir sua falta!

Aqui alguns de seus ensaios:



Salve Baixinho! Você foi grande !!!!

quarta-feira, abril 20, 2016

INCENTIVO PARA UM FUTURO INCERTO


 Os jovens profissionais de hoje não aceitam serem avaliados por uma régua linear e limitada, que desconsidere a sua singularidade. Estará o mundo empresarial pronto para lidar com as novas subjetividades? Texto de Silvio Genesini.
Clique aqui para ler: 

Texto publicado originalmente no lançamento do aplicativo Exame Hoje – novo App da Revista Exame.

segunda-feira, abril 11, 2016

LUTO



Perder um filho é algo impensável para uma mãe.
É contra as leis da natureza. É uma dor inominável.

Muito triste saber que a filha de uma grande amiga e de um grande amigo de infância, que nasceu na mesma semana que a minha filha, se foi deste mundo de repente, com apenas 29 anos.

É quase insuportável.

É um luto irreparável.

É a vida. É a morte.

Carina - saudades para sempre!

sábado, abril 09, 2016

PAIXÃO DE LACAN



 
Sinto falta de Lacan. “Não é só você, mas isso não a faz menos só.” Quem hoje me diria uma frase assim, frase com a qual, um dia, ele acolheu o sentimento de exílio que eu lhe participava, ligado, pelo que posso lembrar, à aridez, por vezes, de ser mulher?  Suas frases eram muitas vezes feitas dessas torções que as viravam do avesso e que, numa girada, nos faziam passar de uma de suas faces à outra e sair do enclausuramento em que acreditávamos estar. Elas tinham a arte de colocar em continuidade o dentro e o fora, como aqueles objetos topológicos refratários à imaginação que tinham nomes estrangeiros: fita de Moebius, garrafa de Klein, cross-cap, e de que fazia grande uso para nos desacostumar da mania de entender.
O mundo assim tornava-se como que alargado, mesmo quando ele clamava que estava falando com os muros num tom que alçava quase até a vociferação, e que não deixava de lembrar o de Artaud. Não eram muros quaisquer, mas justamente os do hospital psiquiátrico, uma noite em que falava do saber do psicanalista na capela do Sainte-Anne. Acrescentara que falar aos muros o fazia gozar, e que nós, seu auditório, gozávamos também, por osmose. Meu coração batia quando ouvia em sua voz um acento que passava da raiva surda ao riso de uma gaia ciência, e acho que foi nesse instante que se decidiu para mim alguma coisa que ainda dura. Poderia chamá-la de transferência? Ele continuou, naquela noite, falando da “carta de amuro”. Essa consonância do amor e do muro, ele a emprestara de um poeta esquecido que havia citado: entre o homem e a mulher há o amor, entre o homem e o amor há um mundo, entre o homem e o mundo há um muro. Não fazia muito tempo que os muros de Paris haviam-se coberto de inscrições, enquanto as barreiras antigas pareciam ter se desfeito em poeira.
O amor é aquilo que se produz quando se muda de discurso, ele dissera também. Naqueles anos, parecia que respirávamos mais livremente. Anos que possuem, para mim, para sempre, um nome: o ano do “Ou pior”, o ano do “Ainda”, o ano dos « Non-dupes-errent », e o do “Joyce e o Sinthoma”. Estranhamente, só hoje percebo que ele não parava, então, de falar do amor. Do amor e da lógica, título que deu a uma conferência que fez em Roma, e à qual eu assisti. A gravação foi perdida. Nada mais próprio a Lacan do que aliar termos aparentemente tão díspares, o páthos se via desarmado, a própria lógica se tornava erótica.
O que de fato o interessava na lógica eram suas falhas: seus impasses, seus intransponíveis paradoxos, o ponto onde se revelava sua incompletude, sua inconsistência. Em suma, os redemoinhos onde os próprios lógicos se perdem.  São esses mesmos paradoxos que ele encontrava no amor, quando este se torna sério e leva o rigor, como nos místicos, até o ponto em que não se pode dizer mais nada sem se contradizer e em que perda e salvação se equivalem. É nesse ponto que tocávamos, dizia Lacan, “o amor tal como ele deveria ser se ele tivesse o mínimo sentido”. Esses pontos formavam um ralo por onde evacuava-se o sentido. Por esses buracos também sumia a esperança de estabelecer qualquer relação entre homens e mulheres.
Lacan nos convidava a dela abrir mão para reinventar os jogos do amor, ou seja, talvez uma outra lógica que partisse do impossível. A lógica de Lacan nos libertava da compreensão, e da obsessão de encontrar um remédio a tudo. O irremediável tem suas virtudes, imediatamente apaziguadoras. Se me reporto à época presente, parece-me que a caracteriza o tédio com que nos tiranizam os eternos “problemas” que reclamam suas “soluções”. Sufocamos sob as soluções, e sob aquilo que supõem de incurável boa vontade (haveria outra definição para o “politicamente correto”?), como sob a mangueira de incêndio dos bombeiros da sociedade. Na época de Lacan, nos dávamos o direito de pensar sem procurar tapar os buracos do universo com a barra de nossa camisola de dormir, segundo a definição de filosofia dada por um humorista vienense. A época, de fato, era mais teórica do que filósofa: ela amava os buracos, e a lógica também. E o pensamento não se acreditava obrigado a se reduzir, em conformidade com as mídias, à dimensão da propaganda de fraldas, propondo uma solução para os problemas de vazamento. O espaço que se abrira, hoje voltou a se fechar. Provavelmente Abelardo tinha razão quando dizia que o lógico é “odioso ao mundo”. O gosto pela teoria não excluía o gosto pela experiência. A experiência psicanalítica, como Lacan a chamava, não deixava de fazer eco à experiência interior de Bataille.
Nós nos lançávamos de corpo e alma, apostando tudo para ver até onde aquilo iria, até que impasse ou imprevisível abertura. Estávamos então longe da psicoterapia. Essa aposta era a transferência, amor não tão comum assim, já que nos conduzia sem rodeios a nos tornar parceiros do Outro, desse Outro cujas falhas eram o objeto da lógica lacaniana. Nessas paragens, acontecia de encontrarmos o que Lacan chamava de o verdadeiro amor, que nasce dos signos daquilo que, em cada um, marca os rastros de seu exílio. 
Texto publicado no jornal Le Monde, em 13/4/2001 por Catherine Millot - psicanalista e escritora. Seu livro mais recente: La vie avec Lacan – fevereiro 2016, Edições Gallimard. 
Tradução Márcia Aguiar

sábado, abril 02, 2016

CAPITAL INICIAL - SHOW INTIMISTA NO HUB


Uma noite memorável - sábado 2 de abril - no HUB - São Bento do Sapucaí de Lipe Forbes. Um show intimista com Flavio Lemos, Fê Lemos e Robledo Silva, todos Capital Inicial. Grande!

O show acústico NYC (gravado originalmente em New York) está fazendo um super sucesso. Fica aqui pra vc curtir:

quarta-feira, março 23, 2016

PERNAS DE ALUGUEL


Por que levar crianças cadeirantes para correr nas provas de rua de São Paulo? Leticia Genesini, uma das criadoras do portal São Paulo Saudável, comenta essa experiência com crianças e adolescentes portadores de múltiplas deficiências.
Leia o artigo clicando no link:

sexta-feira, março 04, 2016

TERESA CANTA CARTOLA


Teresa Cristina é a grande intérprete de Paulinho da Viola. Agora também de Cartola.

Este show é um marco na cerreira dessa portelense homenageando o mangueirense maior: Cartola.

Bravo!


quinta-feira, fevereiro 25, 2016

ROLLING STONES EM SÃO PAULO


Assistir um show com os Rolling Stones é algo para ficar na memória para sempre. Uma emoção, uma alegria indescritível. Que energia! 

Maguy estava aqui e vibrou com os velhinhos mais loucos do planeta. Uma noite memorável!









quarta-feira, fevereiro 10, 2016

MANGUEIRA CAMPEÃ DO CARNAVAL 2016

O desfile da Mangueira foi maravilhoso ! Salve a Campeã do carnaval!

 

O samba-enredo da Mangueira vai ficar marcado para sempre: Maria Bethânia - a menina dos olhos de Oyá


segunda-feira, fevereiro 01, 2016

O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO


Janeiro, pré-carnaval, tem que ser no Rio.
Sol, praia, caminhada no calçadão, programação cultural, encontro com os amigos e ensaios para o carnaval - tudo de bom!

Encontrar amigas queridas logo no primeiro dia é sempre um bom começo. Vera e Tina foram as escolhidas para começar bem a temporada. Jantamos no Gero da Barra, com Marcelo e Rubinho. Uma noite deliciosa!




 Ipanema é um bom lugar para ficar, Escolhi o hotel Praia Ipanema, que fica em frente ao mar, próximo ao Leblon e a poucas quadras do Shopping Leblon.  Para almoçar sugiro o Celeiro - R. Dias Ferreira, 199 - Leblon. Outra boa opção é o Cortés - mo Shopping Leblon.

Caminhar no calçadão, pegar uma praia e curtir o sol dá uma energia boa para o dia todo.

 A visita ao recém-inaugurado Museu do Amanhã, no centro, ao lado da Cidade  Olímpica,é um programa obrigatório.







Ver o ensaio das Escolas de Samba é outro programa imperdível. Não pude deixar de prestigiar o ensaio da minha preferida - a Estação Primeira de Mangueira.

É uma experiência inesquecível! E neste ano foi melhor ainda, com o enredo homenageando Maria Bethânida - a menina dos olhos de Oyá.

Fui com meu grande amigo Zé Adolpho e nos divertimos muito. O samba é lindo e a animação é melhor ainda.

Consegui fazer um vídeo da demostração da porta-bandeira com o mestre sala - MARAVILHOSO!!!!

A Mangueira tem tudo para ser a campeã deste carnaval !




Acompanhar os blocos de rua também é uma delícia. Curti muito sambar com a Banda de Ipanema, um dos blocos tradicionais do Rio. Um verdadeiro escracho !








Os ensaios técnicos na Marquês de Sapucaí são grátis e dão uma boa ideia do clima e de como será o desfile das escolas. Fui assistir o do Salgueiro e o da Unidos da Tijuca. Fiquei vidrada no samba do Salgueiro, que homenageava a Ópera do Malandro.

Um passeio pela pedra do Arpoador e tirar fotos da paisagem não pode faltar. E para terminar a temporada nada mehor que um show da minha cantora favorita: Teresa Cristina, que estava apresentando no Teatro Net Rio o show Teresa Canta Cartola. Fechou com chave de ouro!




domingo, janeiro 31, 2016

MARIA BETHÂNIA - A MENINA DOS OLHOS DE OYÁ


A Estação Primeira de Mangueira homenageia Maria Bethânia no carnaval deste ano com o tema A Menina dos Olhos de Oyá.

No show de verão da Mangueira, para arrecadar fundos para a Escola de Samba da Estação Primeira, no Tom Brasil - S.P, Maria Bethânia, Chico Buarque, Alcione e bateria da Mangueira encerram a noite.

Salve a Mangueira !

terça-feira, janeiro 12, 2016

CAPITAL INICIAL - ACÚSTICO NYC

Os meninos de Brasilia - Dinho Ouro Preto, Fê Lemos, Flávio Lemos e Yves Passarell -  continuam arrasando.
O novo DVD do Capital Inicial está lindo. O Acústico NYC mostra o melhor da banda de rock nos últimos anos.  Fica aqui um grande abraço para Flavio Lemos, que mostrou, no HUB - São Bento do Sapucaí, o show inteiro gravado em New York. Bora comprar ingresso para ver o show aqui em S.Paulo, no Citibank Hall, dia 30/1.

Adorei esta música com a participação do Seu Jorge. É só uma das muitas faixas bárbaras do CD/DVD,  que conta também com a participação de Lenine.

sexta-feira, janeiro 01, 2016

COMEÇANDO O ANO NOVO

2016 começou com muita alegria, música, risada e com os bons amigos. Zezinho Vendramini caprichou nos cliks e captou o espírito da festa. 
Tetê Santos começou cantando Boate Azul e contagiou a todos com sua música.
Feliz Ano Novo!