quinta-feira, dezembro 25, 2014

NASCI PARA BAILAR 10 ANOS

O CD Nasci para Bailar está completando 10 anos! 
Vamos fazer uma edição comemorativa: 
 - um CD com 22 músicas - as "mais mais" de edições anteriores e de músicas postadas no blog em 2014

- um pen-drive com mais de 100 músicas - uma seleção comemorativa trazendo músicas que marcaram minha vida. 

Para essa edição de 10 anos tive a colaboração de Silvio Genesini, que ajudou a escolher as "mais mais" e sugeriu uma vasta seleção que comporá a versão pen-drive.

Os amigos já estão recebendo o CD. Quem ainda não recebeu solicite o seu. Até o carnaval a seleção do pen-drive estará disponível.

A arte da capa é de Guto Lacaz. Nesta edição contei também com a colaboração de Claudia Petri na gravação e edição do CD. Ficou bem çegal!


Lembro que todas as músicas foram postadas no blog durante o ano. É só buscar e ouvir a versão do YouTube. Segue a lista das músicas:


1.       Nasci para bailar – Nara Leão - Paulo André – João Donato
2.       Vamos falar de Teresa – Danilo e Dorival Caymmi - Dorival Caymmi
3.       O Meu Guri – Teresa Cristina - Chico Buarque
4.       Para ver as meninas – Marisa Monte - Paulinho da Viola
5.       Verdade, uma Ilusão – Marisa Monte - Carlinhos Brown/Arnaldo Antunes/Marisa Monte
6.       João e Maria – Chico Buarque e Nara Leão - Chico Buarque e Sivuca
7.       Menina amanhã de manhã – Mônica Salmaso - Tom Zé e Perna
8.       She – Charles Aznavour - Charles Aznavour
9.       Stand by me – Ben E. King  - Ben E. King, Jery Leiber, Mike Stoller
10.   Canzone per te – Roberto Carlos - Sérgio Endrigo
11.   Sono come tu mi vuoi – Marisa Monte - Antonio Amurri/Bruno Canfora
12.   Teresinha –  Chico Buarque - Chico Buarque
13.   Música Suave – Roberto Carlos - Roberto Carlos e Erasmo Carlos
14.   Eu te amo – Chico Buarque e Telma Costa - Chico Buarque e Tom Jobim
15.   Coisas Do Mundo, Minha Nega – Paulinho da Viola - Paulinho da Viola
16.   L’Amitié – Françoise Hardy - Jean Maz Rivière e Gérard Bourgeois
17.   With A Little Help From My Friends – Joe Cocker - Paul McCartney e John Lennon
18.   Burbujas de Amor – Juan Luis Guerra - Juan Luis Guerra
19.   Amor de Trapo e Farrapo – Carlinhos Vergueiro - Paulo Vanzolini
20.   Tiro ao Álvaro – Elis Regina e Adoniran - Adoniran Barbosa
21.   Cadê Tereza – Originais do Samba - Jorge Bem Jor
22.   País Tropical – Wilson Simonal - Jorge Bem Jor

BOA VIAGEM !!!!

segunda-feira, dezembro 22, 2014

JOE COCKER

Triste notícia - a morte de Joe Cocker. A interpretação dele de WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS - inesquecível - no Festival Woodstock não pode deixar de estar presente neste CD que vai comemorar os 10 anos de Nasci para Bailar.

domingo, dezembro 21, 2014

sexta-feira, dezembro 19, 2014

AS MARCAS DO NOVO

O ano novo marca uma data para todos – é universal. Mas, possibilita a cada um contar e fazer a sua história, e nisso é singular. Por que precisamos de marcas? Por Jorge Forbes.



As Marcas do Novo
 Jorge Forbes


Imagine uma frase sem ponto, um dia sem noite, um caminho sem parada. Seria tudo igual, irrelevante, sem graça, dada a ausência do ritmo que fabrica o sentido, no contraste das situações. Quem vive quer contar e quando perdemos o ritmo entramos no contínuo mortífero.
O ano novo é uma das principais pontuações que nos marca. Ele escande o tempo, classifica lembranças, promove o futuro. O ano novo é palco de nossos sonhos, de nossos planejamentos. Cada um tem seu método de jurar o ano novo: uns o fazem em segredo, fechando até os próprios olhos; outros, ao contrário, fazem um pacto em tabelas complicadas, com marcações dia a dia, especificando o caminho a trilhar; ainda outros preferem fazer compromissos com a pessoa amada, escolhendo o melhor lugar para testemunhar suas esperanças. Uma praia, uma cachoeira, uma montanha, uma árvore, um rochedo, uma ponte.
O ano novo é generoso, pois se renovando todos os anos – uma vez que ele nunca é datado - o que não funcionou em um ano, terá outra chance no próximo ano novo. Nós, curiosamente, vamos ficando velhos, mas o ano é sempre novo. Já notaram? E quanto mais velhos, vamos ficando espertos em anos novos. É uma paradoxal vantagem da idade. Acumulamos anos novos nas gavetas de nossas maiores emoções, de ponta a ponta de nossas vidas: os nascimentos, os acidentes, as formaturas, os prêmios, as perdas, as mortes e, muito especialmente, os amores. O ano novo adora os amores, razão pela qual todas suas representações aludem aos encontros de amor. O navio, o champanhe, os fogos, os saltos das ondas, a dança, tudo isso é para ser feito de mãos dadas, nem que seja com a saudade.
O ano novo é flexível ao horário de cada país – muitos ficam em frente à televisão brindando em várias línguas a sua chegada e escolhendo, na comparação, o melhor cenário. Ele também é flexível aos nossos estados íntimos, se adequando do bom ao péssimo humor.
Uma coisa é certa, ninguém escapa ao ano novo. Não dá para resistir à sua chegada, não dá para atropelá-lo, não dá para ignorá-lo. Ele marca uma data para todos, nisso é universal; ele possibilita a cada um contar e fazer a sua história, nisso é singular.
A você de jogar e fazer do seu, um bom ano novo. Sorte!


Jorge Forbes é psicanalista. Artigo publicado na revista IstoÉ Gente, edição bimestral / janeiro 2015.



quarta-feira, dezembro 10, 2014

POR FAVOR NÃO DESAPAREÇA


Amar alguém é se expor à possibilidade de uma perda importante que nem a natureza, nem os céus, nem as estátuas heroicas salvam. Jorge Forbes analisa neste texto quatro tempos do amor.



Por favor, não desapareça

Jorge Forbes

Temos vivido muitas perdas. Sofremos mais pelo desaparecimento de quem amamos, do que pela nossa própria morte. É estranho o amor humano. Somos conscientes de que aquela pessoa que amamos pode deixar de existir a qualquer momento e, no entanto, amamos!, salvo raras e desonrosas exceções. Jacques Lacan dizia que era necessário ser um pouco bobo na vida. Que “os não tolos erram” – é mesmo o nome de um de seus seminários – pois se quisermos ser de tudo precavidos, vamos vagar perdidos em desamor.
No decorrer dos séculos viemos estabelecendo formas de nos conformarmos – sempre imperfeitamente – ao desaparecimento de quem gostamos. Luc Ferry, o filósofo que frequentou recentemente essas páginas comigo, discorreu sobre grandes períodos da história filosófica, a esse respeito. Primeiro, tivemos uma concepção cósmica (natural) da existência. Seríamos seres naturais, da mesma natureza das frutas, por exemplo, e como elas cumpriríamos um ciclo de vida. Se laranjas, maçãs e melancias têm o seu ciclo, nós também. Para os gregos, os homens seriam pré-catalogados em categorias como as dos senhores, guerreiros, artesãos, escravos, mulheres e crianças. Categorias estanques, como as frutas também o são. A morte, como se dizia – e ainda se diz – seria simplesmente “natural”, cumprindo a etapa final de nosso destino.
Essa visão cósmica da nossa morte foi substituída pela ideia religiosa, com duas vantagens: a de passarmos a sermos todos iguais, não estanques, perante um deus, e, mais importante, não morrermos para virar semente, como na primeira concepção, mas para irmos para uma segunda e mais plena vida, a vida eterna. Tenho ouvido com frequência, em meu consultório, a fantasia de pessoas que não querem ser cremadas, para não aparecerem no Juízo Final, em um cinzeiro... É claro que essa visão religiosa é muito mais sedutora que a visão cósmica, razão pela qual ter vigorado por bem mais tempo que a primeira.
A visão religiosa foi substituída pela ideia racional de finitude, datada a partir do fim do Século XVII, começo do XVIII. O Homem, decepcionado com os deuses, saiu do aconchego celestial e começou a preconizar que as nossas vidas seriam prolongadas nas histórias que depois contariam a nosso respeito. Como escreveu um ditador brasileiro: sair da vida deveria ser entrar na história. Ou seja, virar herói.
Todas essas visões foram postas radicalmente em questão no início do século passado, a partir de uma influência maior, a de  Nietzsche com a sua desconstrução de todos os ideais. O amor não teria um além. Só se pode amar o que é agora, pois o ontem não é mais, e o amanhã não é ainda.
Como estamos hoje com as nossas perdas, que infelizmente têm se sucedido com frequência aumentada? As três concepções: cósmica, religiosa e racional não desapareceram, mas persistem,  mesmo que não sejam mais os ideários dominantes. Com frequência buscamos ainda nos consolar nelas, ao mesmo tempo em que, como dizia ao iniciar, no fundo, no fundo, sabemos que amar alguém é se expor a uma perda importante que nem a natureza, nem os céus, nem as estátuas heroicas vão nos salvar. Vai ver que por isso é que Steve Jobs, na esteira de Lacan, deu o conselho que ficou famoso, aos seus jovens afilhados formados em Stanford: Stay Hungry, Stay Foolish!


Jorge Forbes é psicanalista. Artigo publicado na revista IstoÉ Gente, setembro de 2014.

terça-feira, dezembro 02, 2014

O AMOR - TEMA ÂNCORA DA CONVERSAÇÃO CLÍNICA IPLA 2014



De Freud a Lacan, pelos casos clínicos

SÃO BENTO DO SAPUCAÍ – 5 a 7 de dezembro

O Instituto da Psicanálise Lacaniana – IPLA – retomou em 2014 o seu Curso Fundamental de Freud a Lacan. Ao longo desse ano traçamos o percurso conceitual e clínico da psicanálise desde a sua invenção por Sigmund Freud até a segunda clínica de Jacques Lacan.
A Conversação Clínica do IPLA, que encerra as atividades de 2014, tem como objetivo revisitar os conceitos estudados durante o ano, que serão abordados através da apresentação e discussão de casos clínicos clássicos de Sigmund Freud, intervenções clínicas de Jacques Lacan e casos da Clínica de Psicanálise do Genoma.

A Conversação Clínica terá como âncora duas conferências sobre o tema do amor, apresentadas pelo filósofo Renato Janine Ribeiro e pelo psicanalista Jorge Forbes.

Para que serve o amor? - por Renato Janine Ribeiro

Como juntar os desbussolados? - por Jorge Forbes

Para ver a programação completa - clique aqui

E a música que serviu de inspiração para oa temas das conferências das jornadas: