domingo, outubro 16, 2005

MUITO ALÉM DO BEM E DO MAL


Na sexta-feira de manhã, no caminho para a aula do núcleo de psicopatologia do IPLA, ouvia a Rádio USP, a minha preferida. Num determinado momento, a programação foi interrompida e ouvi uma notícia estonteante:

Um estudante de jornalismo, do segundo ano da ECA e estagiário da rádio, havia sido assassinado por um colega de classe, com uma facada, dentro da redação da rádio.

Não houvera briga, nem discussão. Mais uma caso de violência inusitada, outro fenômeno de nossos dias. Entender um crime cometido por um psicopata, até é possível. Mas um crime cometido assim friamente, silenciosamente, sem anestesia nem nada, por um estudante universitário, da melhor universidade do país, de um dos cursos mais seletos que há aí?

Cito Nietzsche: Fomos maus espectadores da vida, se não vimos também a mão que delicadamente - mata.

E vem uma outra questão: a votação do referendo. Tem saída?

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