MEU DOMINGO

Programa CAFÉ FILOSÓFICO , TV Cultura, domingo à noite: O SEXO COMO MITO

Por que o sexo tornou-se um mito?
É esse o tema desenvolvido nesse programa, por Eliana Robert de Moraes.
Ela fala da sexualidade como um excesso do pensamento, da imaginaçào - uma fantasia literária, artística.
Definiu o sexo como objeto privilegiado do exercício do poder.
Na visão de Michel Foucaut, o sexo é a adequaçào do prazer às formas sociais. Diz ainda que a imaginaçào domina o poder que tenta domesticar o corpo e a sexualidade.
Segundo Eliana, o erotismo literário pode ser enfocado pela via do trágico ou do cômico, mas sempre oferece uma problematização do pensamento. Definiu erotismo como sendo excessos dos pensamentos, que tem uma relação com as pulsões do corpo.

Esse progrma me fez voltar à última aula do Projeto Análise: Segundo Lacan, a sexualidade tem a ver com a morte, é uma emergência da função da morte individual.
E fica uma questão: o erotismo, sendo um excesso, leva ao gozo ou ao orgasmo? É sabido que orgasmo é diferente de gozo. E o orgasmo satisfaz?

Chico, um poeta, já dizia: O que será, que será, que brota à flor da pele, será que me dá. E que me sobe à face e me faz corar, e que me salta aos olhos a me atraiçoar...
que dá dentro da gente, que não devia, que é feito uma aguardante que não sacia.....
que não tem cansaço nem nunca terá e que não tem mais geito de dissimular, o que nào tem governo, nem nunca terá. O que não tem juízo.

Foi um domingo de muita leitura.
Estou terminando o livro de Tom Wolfe - Radical chique e o novo jornalismo, muito interessante.
Passando numa banca de revistas ontem à noite, deparei com uma publicação: LACAN - A lógica do sujeito, Coleção Memória da Psicanálise, da Revista VIVER mente&cérebro - edição especial no. 4. Só fui deitar altas horas da madrugada, depois de ler toda a revista que inicia com um artigo de Jorge Forbes. Nào é preciso dizer que gostei desse artigo e acho que vale a pena ler a revista toda.