Nascido na Suíça em 1901, Giacometti começou a pintar em 1913 e a esculpir em 1914. Permaneceu na Ecole des Artes et Metiers em Genebra por um curto espaço de tempo ainda em 1919 e depois mudou-se
para a Itália, onde copiava antiguidades e fazia retratos. Foi para Paris em 1922, onde estudou Bourdelle na Academie de las Grande Chaumiere até 1925. Juntou-se a Michel Leiris e Andre Masson em 1928, tornando-se então participante do grupo surrealista de 1930 a 1935. Suas esculturas tiveram grande influência da visão surrealista dos objetos. Em 1932, sua primeira exibição solo aconteceu na Galeria Pierre Cole, em Paris. Depois de romper com o grupo surrealista, manteve estreita amizade com Andre Derain, e não fez nenhuma exibição de 1935 até 1947. Depois da guerra, formou uma associação existencialista e trabalhou com Jean Genet, que mais tarde escreveu L’Atelier de Giacometti (1954). Giacometti pintou e esculpiu, mas após 1956, nunca terminou seus trabalhos.
Ganhou o Grande Prêmio da escultura na Bienal de Veneza em 1962. Faleceu em 1966.
Michel Leiris escreveu sobre ele dois livros:
Alberto Giacometti (1978)
Pierres pour un Alberto Giacometti (1991).Sobre sua obra, escreveu Jean Genet:
Na origem da beleza está unicamente a ferida, singular, diferente para cada qual, escondida ou visível, que todos os homens guardam
dentro de si, preservada, e onde se refugiam ao pretenderem trocar o mundo por uma solidão temporária mas profunda. Fora de miserabilismos. A arte de Giacometti parece querer revelar essa ferida secreta dos seres e das coisas, para que nos ilumine.
Solidão, como eu a entendo, não designa estatuto de miséria mas secreta soberania, nem profunda incomunicabilidade mas conhecimento mais ou menos obscuro de uma singularidade intocável.
(Jean Genet, O Estúdio de Alberto Giacometti)
Um comentário:
Li o livro de Jean Genet que é muito inspirado, muito poético.
Teresa
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