quarta-feira, agosto 30, 2006

CHICO BUARQUE - CARIOCA


Fui à estréia de Chico no Tom Brasil, só para convidados. Ao nosso lado estava Zuza Homem de Melo - comentou que ao contrário da maioria gosta de ouvir as músicas novas. A platéia lotada, uma festa.

Chico é sempre Chico. MARAVILHOSO !!!!

Cantou todas as músicas do último cd e algumas músicas antigas.

Das novas:

Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
E por sonhar o impossível, ai
Sonhei que tu me querias.
(Outros Sonhos)

Bambeia
Cambaleia
É dura na queda
Custa a cair em si
Largou a família
Bebeu veneno
E vai morrer de rir
(Dura na queda)

Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu, porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando
Pela mão
(Porque era ela, porque era eu)\

Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual
(Ela faz cinema)

Mas com algumas das músicas antigas me emociono. É o caso de Mil perdões:
Te perdôo
Por fazeres mil perguntas
Que em vidas que andam juntas
Ninguém faz

Te perdôo porque choras
Quando eu choro de rir
Te perdôo
Por te trair

Chico parece que entende a alma das mulheres.
E continua tímido e duro no palco. Fala nada, apenas apresenta os músicos.

E Futuros Amantes me dá um frio na espinha:
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar


Será que o amor pode esperar?

Terminou o show cantando SEM COMPROMISSO e a resposta que fez à essa música, também deliciosa DEIXE A MENINA.

Houve um segundo bis, com uma das minhas favoritas: QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ, com todo mundo sambando.

E para surpresa de todos, voltou para um terceiro bis. Disse que não tinham planejado nada mais e finalizou o show cantando com toda a platéia JOÃO E MARIA.

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, o seu bicho preferido
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

Grande show!

Corra no TOM Brasil e compre seu ingresso. Parece que vai ter um prolongamento até outubro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Teresa, você sempre generosa por compartilhar o belo com os seus.
Chico é belo!!
Obrigada!!