Saia Justa - GNTEste foi o tema do programa Saia Justa - GNT, de hoje. Cada uma das “saias” escolheu uma história dos clássicos da literatura que melhor representasse para elas o que seria o amor.
Betty – Romeu e Julieta
Márcia – Dom Quixote e Dulcinéia
Soninha – Madalena e Jesus; Helena de Tróia e seus apaixonados
Maitê – Gabriela e Nacib (do livro Gabriela, cravo e canela)
Mônica – Tristão e Isolda
Chamaram Jorge Forbes para colocar no divã as histórias escolhidas por elas e responder a pergunta: O que é o amor?
Comentário de JF :
Os casos escolhidos da literatura mundial são sempre os trágicos. São amores que embora sejam expressos, o são exatamente na sua impossibilidade, que não muda – por isso o trágico, com seu fim impossível. Cada uma das histórias escolhidas (embora Gabriela e Nacib sejam um pouco diferentes) falam dessa impossibilidade. São histórias que nos dão um companheirismo: não é só comigo, esse meu grande amor é impossível como o de Tristão e Isolda, e assim por diante. Talvez seja necessário que cada um de nós possa dar um passo além e abrir mão da segurança do trágico, da segurança do impossível como tal, para passar do impossível para a invenção.
Meu amor é impossível, mas, apesar disso, eu te amo.
Maitê disse que não entendeu a proposta de JF. Mônica tentou explicar: temos que dar um passo além para tornar o amor possível.
Márcia concordou com JF. Acha o amor impossível e assimétrico. Disse que o sujeito é olhado e capturado – o amante é aquele que é capturado, geralmente por uma mulher, aquela que captura, que é a amada.
Mônica diz que o amor é uma equação, que pode ser possível ou impossível e se pergunta como resolvê-la. Qual é a resultante? Comenta que Jorge Forbes costuma dizer que não existe prova de que o amor seja justo, que homens e mulheres têm formas de satisfação muito diferentes. O amor é sempre inadequado e bagunceiro.
JF faz outro comentário:
Amor impossível é o amor que não tem intermediação. É o amor do encontro, é o amor da surpresa, do inusitado – sem lugar. É um amor incômodo. Não é o amor do pouso, é o amor da plataforma, que te acorda em vez de fazer dormir. É o amor que te irrita, por que não dizê-lo? É o amor que faz com que você encontre uma solução, uma expressão para ele – às vezes temporariamente, outras rapidamente – e faz com que logo em seguida se pergunte: será que eu consegui? Ou então o outro a quem você declarou o amor te pergunta: será que você me ama mesmo?
O amor impossível talvez seja a maior característica de nós, humanos. Nosso amor é impossível na essência, porque nunca encontraremos a justa posição (juxtaposição) entre os amantes.
Gostei.
Essa fórmula deu certo no programa. JF dá o tom e as discussões ficam mais interessantes.Eu digo que amar não é fácil. Dá trabalho. Mas é o que nos move. O amor responsável. O amor que faz crescer, que arrisca. É uma aposta.
E você, o que acha?
Se quiser ver de novo, aqui vai a dica:
Amor
Neste programa vamos discutir se o amor ainda é uma equação possível.O psicanalista Jorge Forbes diz que não há provas de que o amor seja justo e afirma que o sentimento é inadequado e bagunceiro. As meninas decidem procurar na literatura grandes histórias de amor. Não Perca!
quinta - dia 01 às 04h00, 10h01, 14h02
sábado - dia 03 às 23h00
domingo - dia 04 às 05h00