sexta-feira, janeiro 05, 2007

PSICANALISANDO

Quando uma peça avulsa não serve para mais nada, e se torna uma figura sem sentido, então ela serve para ser dominada e se transforma num puro gozo – o que não serve para nada.

A verdade é uma prisão. Como viver na verdade e provar que o oposto é a certeza e não a mentira?

O amor é uma questão obcecada porque nunca se resolve.

A possessão está vinculada a não comunicação.

O real é como uma peça avulsa: não se liga a nada.

O real é um sentimento que alude a algo.

A nomeação se liga ao real.

Artista é aquele que nomeia.

Todo final de análise tem a ver com o artista.

A histérica quer encontrar sentido no sintoma. É o contrário do artista, do “savoir faire”.

O sintoma é reparador da perda do pai.

O sintoma é curador.

O sintoma é anti-social.

O sintoma é a única coisa que chama a atenção das pessoas.

As pessoas necessitam de um apoio, de uma “escada” para transformar o que resta do seu sintoma.

A análise serve para fazer a pessoa chegar ao seu osso.

A análise vai do acidente à coincidência.

A análise não elimina os intrusos, as exceções. Ao contrário, nomeia as exceções. E ao nomear os inclui na sociedade, pois a sociedade é feita de nomeações.

A psicanálise se ocupa do que falta, do que “rateia”, do que falha. Ela leva a uma outra perspectiva do humano, do laço social.

Eu sou aquilo que não consigo deixar de ser.

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