Quando uma peça avulsa não serve para mais nada, e se torna uma figura sem sentido, então ela serve para ser dominada e se transforma num puro gozo – o que não serve para nada.
A verdade é uma prisão. Como viver na verdade e provar que o oposto é a certeza e não a mentira?
O amor é uma questão obcecada porque nunca se resolve.
A possessão está vinculada a não comunicação.
O real é como uma peça avulsa: não se liga a nada.
O real é um sentimento que alude a algo.
A nomeação se liga ao real.
Artista é aquele que nomeia.
Todo final de análise tem a ver com o artista.
A histérica quer encontrar sentido no sintoma. É o contrário do artista, do “savoir faire”.
O sintoma é reparador da perda do pai.
O sintoma é curador.
O sintoma é anti-social.
O sintoma é a única coisa que chama a atenção das pessoas.
As pessoas necessitam de um apoio, de uma “escada” para transformar o que resta do seu sintoma.
A análise serve para fazer a pessoa chegar ao seu osso.
A análise vai do acidente à coincidência.
A análise não elimina os intrusos, as exceções. Ao contrário, nomeia as exceções. E ao nomear os inclui na sociedade, pois a sociedade é feita de nomeações.
A psicanálise se ocupa do que falta, do que “rateia”, do que falha. Ela leva a uma outra perspectiva do humano, do laço social.
Eu sou aquilo que não consigo deixar de ser.
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