«Não há outros paraísos senão os paraísos perdidos.» (Jorge Luis Borges)

[POR TRÁS DO POEMA]

Por trás do poema
não se respira
Ventos se quebram
rolam onde o chão trabalha
um verde de outra cor
Por trás do poema
devemos estar mortos
inoticiados
Palavras emigram
vão para o labor de espessas
emoções
Por trás do poema
as chuvas se gastam
gastam-se os vôos os frutos
a alegria branca das praias
O tempo inicia seus escombros
por trás do poema
Uma rua de estátuas
cai sua cinza
cai o seu nada
de muitos séculos
E um rio em si mesmo se afoga
seca em suas areias
a vontade de mar
Não olheis nunca por trás do poema
podem vossos olhos
em sal tornar-se

JOSÉ CHAGAS

Sempre recebo as poesias do portal POESIAS.NET, criação do Machadinho, velho amigo, que sempre trabalhou com publicações da área de informática. Amante de poesias, tem como hobby essa publicação na internet.

Nào conhecia esse autor paraibano de nascimento e maranhense nas artes, mas gostei dessa poesia. Se você quiser ler mais sobre esse autor, acesse o link: http://www.algumapoesia.com.br/