A DEFINIÇÃO DE FELICIDADE E OS MALES DO SÉCULO XXI

Assisti há pouco o programa DOIS A UM, da Mônica Waldvogel, no SBT, entrevistando JORGE FORBES, psicanalista e VIVIANE MOSÉ, filósofa. Gostei muito. Os entrevistados fizeram depoimentos importantes, compartilhando uma ótica comum sobre o tema tratado.

Viviane falou que a felicidade tem a ver com a alegria e de aspectos do mundo atual que geram angústia nas pessoas e como elas lidam com isso. Viviane e Jorge trataram de pontos importantes - ela sob a visão da filosofia, e ele, da psicanálise.

Sou fã de Jorge Forbes, leitora de seus livros e sempre presente em suas palestras.

Nesta entrevista, ele falou coisas como "a depressão é uma covardia moral"; "a felicidade tem que ser inventada e temos que nos responsabilizar por ela, por nossas escolhas"; "a felicidade não é para os covardes"; "nunca somos compreendidos completamente, sempre fica faltando alguma coisa".

Falou sobre os ideais que conduziam a vida das pessoas e como isso mudou no mundo sem padrões em que vivemos. Que o problema das pessoas não é como atingir o seu objetivo, mas qual escolher, saber o que se deseja entre tantas opções: é uma questão de decisão e não de conhecimento. "O difícil hoje é saber conviver com o seu sucesso, com suas qualidades, o que torna cada pessoa tão singular".

Ao ser questionado sobre como a psicanálise pode ajudar as pessoas com os problemas atuais, respondeu: "A psicanálise não tem boas respostas. Ela sempre quer analisar e tem sim, sempre boas perguntas. Fazer análise hoje não é saber mais a seu próprio respeito, mas poder mudar a relaçào com o que não se sabe, perder a expectativa de tudo vir a saber e saber apostar sobre esse não saber. Portanto a psicanálise de hoje é a psicanálise do futuro".

Essas ideias estão bem desenvolvidas em seu último livro "Você quer o que deseja?".

Valeu a pena ficar acordada até a madrugada.