GLAMURAMA

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Nesta semana Joyce falou da sua viagem com Fabinho, meu afilhado. Fiquei emocionada. Leiam o texto:

Muito além do horizonte
Gozado: eu sempre me acostumei a viajar sozinha, até achava graça em descobrir lugares e sensações de uma maneira não-ortodoxa, acumulando novas vibrações... Mas eis que desta vez, fui passar uma semana em Nova York com meu enteado-quase-filho, que está morando no Canadá. Ele tem 16 anos. Eu estava cheia de saudades - apesar de estarmos apenas dois meses separados. Depois de uma semana intensa, de museus, galerias, restaurantes deliciosos, lojas de surf, lojas de cadeias que adolescente adora, lojas de perua – que eu adoro!-, livrarias, sorveterias... enfim, depois de tanta alegria e diversão, chegou o dia de ele ir embora de volta para o Canadá. Ele foi de manhã cedo - e eu iria voltar no final da tarde para o Brasil. Logo depois que ele saiu, fiquei meio assim, cheguei a ensaiar um choro, mas me contive. Subi para o quarto - isso depois de colocá-lo dentro do táxi e ter dado trocentos beijos e abraços e tchauzinhos que o deixaram bem sem graça, até com vergonha... Tudo bem: é o preço. O fato é que decidi tomar um banho de banheira, talvez para relaxar e colocar meus pensamentos em ordem. E aí, nesse momento, vi o quanto tinha sido muito, mas muito mais gostoso dividir tudo com ele. Bem melhor do que mais uma daquelas viagens a Nova York, que eu também gosto: desta vez, tinha sido diferente. Tinha dois olhos muito curiosos me acompanhando em todos os lugares. Duas antenas bem sintonizadas.Até uma aula da yoga no Village nós fizemos juntos. Acredito na vida que tudo tem seu momento. Já gostei muito de ser solteira, de ficar sozinha, zanzar por aí. De viajar easy rider, me jogar. Agora, ao que parece, a fase é outra. Nem um pouco menos boa, se é que vocês me entendem. Simplificando: ótima!