terça-feira, dezembro 25, 2012

CD NASCI PARA BAILAR 2012 / 2013

O CD Nasci para Bailar deste ano já está sendo entregue aos amigos do blog.
Composto por músicas selecionadas entre as postadas durante o ano de 2012, aqui no blog, contei com a ajuda incondicional de Juju (Juliana Juliano) e de Guto Lacaz, que faz a arte de cada edição do CD.

Eis aqui o resultado:





O motivo da escolha de cada música é muito especial. Cito algumas:

Faixa 1) Coisa tão pequena - poema de minha filha Letícia (Poesia) musicada por meu sobrinho Felipe e produzida pelo amigo querido Luiz Felipe Forbes. Interpretada por Felipe Gomes e coro de Graziela Gomes. O clipe está disponível no Youtube e foi postado aqui no blog.
Para ver de novo é só clicar: Coisa tão pequena

Faixa 2) O xote das meninas e Asa Branca (faixa 22) - em comemoração dos 100 anos de Luiz Gonzaga.

Faixa 3) Esse cara sou eu - música do último CD de Roberto Carlos - não podia deixar de fazer parte desta seleção. É "a música do momento".

Faixa 7) Blue Velvet - do último CD gravado por Tony Bennet, com interpretação deliciosa de Maria Gadu. Esse CD acaba de sair nas lojas !

Faixa 8) Juracy - homenagem ao grande sambista Roberto Silva, que faleceu em 2012.

Faixa 9) Não se esqueça de mim - belo dueto de Nana e Erasmo Carlos, em homenagem aos 50 anos de estrada de Erasmo neste 2012.

Faixa 10) Blue moon - em lembrança às belas noites de lua cheia de 2012 !

Faixa 11) Samba da bênção (Samba Saravah) - lembrando do filme UM HOMEM E UMA MULHER, após uma entrevista de Pierre Barrouh no GNT, citado aqui no blog.

Faixa 12) Elegia - uma homenagem á mulher, numa versão dos irmãos Campos, de um poema de John Donne.

Faixa 13) Mais que a lei da gravidade - o desejo que nos move. E porque Teresa Cristina e Paulinho da Viola nunca podem faltar nesse CD.

Faixa 14) Folhetim e Teresinha (faixa 16) - duas faces da mulher.

Faixa 15) You don't bring me flowers - sobre um grande amor. Essa música marcou uma apresentação de um caso clínico que fiz no IPLA.

Faixa 17) Love me do - aniversário de 50 anos do lançamento do primeiro singles dos Beatles.

Faixa 18) - Fogo e paixão - lembrando de Wando, que faleceu em 2012, e suas músicas que embalaram muitos bailinhos na minha juventude.

Faixa 19) - Deixa eu te amar - um samba bom para bailar !

Faixa 20) Singing in the rain - aniversário de 60 anos da estréia desse filme.

Faixa 21) Despedida - do CD de Teresa Cristina + Os Outros cantando Roberto Carlos, lançado para este Natal. Não podia deixar de fazer parte desta seleção e fecha o CD com chave de ouro!

Espero que curtam e bailem muito com o CD deste ano.

Feliz 2013 !!!

sábado, dezembro 22, 2012

ENTÃO É NATAL


A newsletter de natal do IPLA está muito boa! vejam os textos:

Frases de natal - por Jorge Forbes

Sobre o amigo secreto - por Claudia Riolfi

As lágrimas de Obama - por Alain Mouzat

Feliz Natal, para quem? - por Liége Lise

Escolhi o texto de Jorge Forbes para deixar aqui no blog.

Feliz Natal !!!!


Nostalgia é o fermento dessa festa, como o futuro o é do Réveillon 


E então é Natal A árvore enfeitada, a rua apressada, o trânsito congestionado, as luzes, As listas de compras, dos grandes e dos pequenos, a Vinte e Cinco de Março, o endereço tropical do Papai Noel, A disputa dos jantares e a disputa por um jantar. A pergunta que se repete: - “Você vai passar aonde?; não quer vir na minha casa? Venha depois, traga quem você quiser”. O desespero dos perus e dos pessegueiros.

 Os pais lembrando aos filhos que o importante é o espírito de concórdia do renascimento do amor no presente; os filhos mais interessados na matéria do presente. O prato quentinho para o vigia da rua. A gratificação surpresa para o bom funcionário.

E então é Natal. O abraço doído no ex-amigo, a lembrança querida de tantos outros, em outros natais. A surpresa de alguém novo à mesa. A aula de como funciona o brinquedo, o computador, como antes se dava aula de como andar na bicicleta, ou na perna de pau. Nostalgia é o fermento de todo Natal, como o futuro o é do Réveillon.


E então é Natal. A família reunida, em encontro de recadastramento: “- Você mudou de emprego?” “- Ainda mora naquele bairro?” “- Nossa, quatro filhos, e um padre!” “- Não, o bolo de Natal de minha mãe não era exatamente assim, mas o seu está muito bom, não importa”. “- Mudou de colégio? Por quê? Ele parecia tão bem lá... É, mas é duro mesmo, eu te compreendo”. “- Casou de novo? Ai”.


E então é Natal. Em cada embrulho uma esperança de que a pessoa mais próxima descubra o número de sua camisa, de seu vestido, de seu sapato, enfim, do seu corpo. E nem sempre ela descobre. Tem aquele da suma gentileza que presenteava sua mãe todo ano com um vestido que ele mandava antes trocar a numeração pelo eterno 42, para ela se achar jovem, magra e... se achar. Tem também o presente repetido, sempre velho pão amanhecido duro a engolir. Tem. Tem muita ilusão desfeita, a partir de meia-noite, que nem a melhor reza evita a briga. O prudente se despede logo depois da benção do galo.


E então é Natal. É música repetida, muitas em inglês, de Bing Crosby a John Lennon. É a permissão de ser criança, de se deslumbrar, de se encontrar, na certeza que de novo só no próximo Natal. É tanta coisa esse Natal! É um sentimento indefinido de trégua em redor a uma só estrela. É momento de disfarce do rico que se faz de pobre, do pobre que se faz de rico, em metáfora imperfeita de um Deus na manjedoura, presenteado por pobres reis.


E então é Natal. É pompa e circunstância, mais circunstância que pompa. É convívio de alegria e dor. É retorno que sempre escapa, é berço de sonho.
E então, porque é Natal, feliz, um feliz Natal.



Jorge Forbes
(Publicado, originalmente, na revista WELCOME Congonhas, dezembro de 2007)

quinta-feira, dezembro 13, 2012

LUIZ GONZAGA - CENTENÁRIO DO REI DO BAIÃO

Hoje é o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga - o rei do baião. Quem não dançou ao som do seu baião? Quem não cantou Asa Branca? E o refrão: ela só quer, só pensa em namorar .... ? É o mestre de Caçulinha e de muitos outros. Vamos curtir um pouco da sua música!

domingo, dezembro 09, 2012

A Psicanálise, a mulher, a interpretação: Françoise Dolto - por Jorge Forbes


O encontro com um psicanalista não é sem consequências. Vejam este belo relato de Jorge Forbes:



O que vou lhes contar ocorreu na Maison Verte, instituição parisiense de acolhimento de crianças de zero a três anos, criada pela psicanalista Françoise Dolto. Quando na juventude de minha formação psicanalítica, tive a oportunidade de passar algumas tardes naquele local, acompanhando o trabalho de Dolto, já, então, ícone da psicanálise dita infantil.
 Em uma tarde, um casal relativamente jovem chegou para a consulta com cara de desespero. Traziam um bebê nos braços, o qual aparentava uma fraqueza importante. Deveria ter uns três ou quatro meses de vida.
 Dolto, cheia de atenção vigilante e afetuosa, ficou sabendo dos pais que ao desespero diante da criança que não comia, razão por estar esquálida, somava-se a preocupação com o desemprego do pai, a sobrecarga da mãe, e as contas que não fechavam no mês.
 Assisti, em seguida, Françoise Dolto se dirigir diretamente ao bebê, sem qualquer atenção ao fator compreensão, e lhe explicar, olhos nos olhos, que ela, Dolto, entendia muito bem que ele não quisesse comer, uma vez que sua chegada poderia ser pensada como em má hora, e que o melhor talvez fosse desaparecer. Contestou, no entanto, afirmando que ele estava enganado, pois sendo tão querido e esperado, sua morte precoce retiraria dos seus pais o único efetivo alento naquele momento difícil de vida. E assim se despediu dos três – filho, mãe e pai – marcando um retorno para a semana seguinte. Quando saíram, Dolto me disse: “Você vai ver só o que vai acontecer”.
 No segundo encontro, confirmando a previsão da analista, eram outras pessoas que estavam ali. O bebê estava comendo, e bem.
 Ao final do atendimento, a doutora me falou: “Você viu como os bebês falam? Você viu a prova?”. Aí, para mim, foi demais. Com a delicadeza devida, contestei que não era que bebês falassem, mas que – como Lacan havia demonstrado no estádio do espelho... – ao falar com o bebê, ela estava realmente falando a seus pais que, por conseguinte, tinham mudado sua posição e possibilitado a alteração sintomática.
 Dolto não me deixou avançar muito em minha peroração: “Sim, sim – me retorquiu – eu também conheço o ‘seu Lacan’ e bastante bem. Além de companheiros de toda uma vida, somos mesmo muito amigos. Agora, que ele o diga com o espelho, é interessante, quanto a mim, digo e mostro – como você viu – que os bebês compreendem e sabem falar”.
 Pano rápido.


(Jorge Forbes)