Meu amigo Alain Mouzat me enviou um comentário sobre o filme INTOCÁVEIS. Gostei muito, pois agregou informações importantes, que transcrevo aqui:
Algumas precisões: o filme é
um pouco diferente do livro: o contratado, no filme, não é imigrante argelino,
mas um simpático africano.
A inteligentsia francesa reclamou dos clichês e
preconceitos do filme ( os americanos falaram de racismo) e particularmente do
esvaziamento da questão social. Foram poucos - entre os
"intelectuais" - que não se fizerem de rogados (c.
doce) para curtir o filme. Vale a pena ver os debates numa página do
Liberation: - clique para ler
Para responder às críticas nada melhor que
a entrevista a respeito do filme da " personagem real" da
história: Clique para ler a entrevista.
Concordo com você : o
tratamento " sem compaixão" que o cuidador aplica sem se
fundamentar em nenhum discurso, não dando ao seu paciente piedade e
compreensão, mas emprestando-lhe consequências a título de efeitos,
injeção de libido, é exatamente a orientação que Jorge Forbes deu no leme
" desautorizando o sofrimento" que norteia nossa clínica do Genoma.
O filme é sem dúvida um conto de
fadas, uma ficção, mas quem diz que a ficção não captura às vezes algo do real,
tanto quanto os discursos " sérios".
Deixem para lá os blasés, não pechinchem o
seu prazer, curtam os Intocáveis!
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