domingo, julho 29, 2012

CARMEM - NA ARENA DI VERONA




O festival Arena di Verona - Itália está em sua 99ª edição neste ano de 2012.
É o segundo ano que compareço e fico sempre encantada.No ano passado vi Nabuco, di Verdi, cujo tema musical principal é VA PENSIERO. Clique para ver o post aqui no blog. 

Neste ano fui com Letícia à Verona para assistir  Carmem. Verona, durante a temporada de ópera, é sempre uma festa. Depois que você vai a uma temporada não consegue mais deixar de ir.

A programação deste ano pode ser conferida aqui.

Carmen é uma ópera em quatro atos do compositor francês Georges Bizet, com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy, baseada na novela homônima de Prosper Mérimée. Estreou em 1875, no Ópera-Comique de Paris.


A ópera Carmem, na Arena di Verona, na noite de sexta-feira, 27, foi espetacular. Parabéns ao elenco e ao Maestro Julian Kovatchev !
O elenco dessa  noite era outro, mas vale ver este vídeo, também sob a regência do Maestro Kovatchev para se ter uma idéia do que foi a festa esta noite: inesquecível !




Habanera - é a área cantada nessa parte da ópera - uma canção de amor.

A letra no original :

L'amour est un oiseau rebelle
Que nul ne peut apprivoiser
Et c'est bien en vain qu'on l'appelle
S'il lui convient de refuser

RIen n'y fait, menace ou prière
L'un parle bien l'autre se tait
Et c'est l'autre que je préfère
Il n'a rien dit mais il me plaît

L'amour (x4)

L'amour est enfant de bohème
Il n'a jamais jamais connu de loi
Si tu ne m'aimes pas je t'aime
Et si je t'aime prends garde à toi
Prends garde à toi
Si tu ne m'aimes pas, si tu ne m'aimes pas je t'aime
Prends garde à toi
Mais si je t'aime, si je t'aime prends garde à toi

L'amour est enfant de bohème
Il n'a jamais jamais connu de loi
Si tu ne m'aimes pas je t'aime
Et si je t'aime prends garde à toi
Prends garde à toi
Si tu ne m'aimes pas, si tu ne m'aimes pas je t'aime
Prends garde à toi
Mais si je t'aime, si je t'aime prends garde à toi

L'oiseau que tu croyais surprendre
Battit de l'aile et s'envola
L'amour est loin tu peux l'attendre
Tu ne l'attends plus il est là

Tout autour de toi vite vite
Il vient s'en va puis il revient
Tu crois le tenir, il t'évite
Tu crois l'éviter, il te tient




quarta-feira, julho 25, 2012

LETÍCIA - DIPLOMA EM DESIGN GRÁFICO


A primeira coisa que fizemos assim que começou a semana foi buscar o diploma de Letícia em DESIGN GRÁFICO do IED - Instituto Europeu de Design - Milão.
Letícia estava feliz e orgulhosa.

Eu, emocionada - mas feliz e orgulhosa também. André e Genesini não estavam presentes, mas receberam as fotos no mesmo momento.

Três anos passaram rápido e a certeza do dever cumprido, do caminho percorrido - dá uma sensação boa, difícil de descrever.

Por isso tiramos tantas fotos - será que a cãmara fotográfica consegue passar com  mais fidelidade o que estamos sentindo? Um momento de felicidade que se perpetua !


O diploma, o livro com as fotos dos formandos do ano 2011/2012 são a comprovação da vitória. Salve !!!!!
 

domingo, julho 22, 2012

VERÃO EM MILÃO COM LETÍCIA


Cheguei hoje em Milão, vim passar as duas últimas semanas com Letícia, antes dela voltar ao Brasil. Três anos se passaram desde que viemos aqui para que ela fizesse o curso de design no IED. Terminou o curso com sucesso, viajou muito, aprendeu muitas coisas e, para finalizar ainda fez um curso de férias na Dinamarca - depois de passar um mês viajando, correndo e praticando esportes na Noruega.
Eu vim muitas vezes nesses três anos, me sinto em casa nesta cidade.
Hoje, Letícia e eu fizemos nosso passeio preferido, até o Duomo e cada caminhada parecia uma despedida. Lembramos de como foi o começo e as mudanças que se fizeram com o tempo, as coisas que curtimos juntas, as viagens que fizemos - as dificuldades, as alegrias, as vitórias conseguidas ...







Chegando em casa depois do jantar escutamos Don Mclean, que fez parte da sua adolescência em São Paulo. Sessão nostalgia. Eis aqui:


Um novo tempo começa agora !

sábado, julho 21, 2012

MINHAS LEMBRANÇAS DA FLIP 2012


A FLIP de 2012 comemorou seus 10 anos de existência com muita festa. Até a natureza colaborou: um calor de verão, o sol brilhando no braço de mar ao lado das tendas dos autores e do complexo da FLIP, até a lua cheia prateada imperava nas noites literárias. Um clima de alegria, de vitória, de felicidade por esse feito.

Na noite da abertura da festa o jogo do Corínthians competiu com o show do Lenine. Ganhou o jogo, ganhou o timão – campeão da Libertadores – numa partida memorável.

Carlos Drummond de Andrade foi o homenageado da 10ª FLIP. Um livro inédito do poeta foi lançado na festa: OS 25 POEMAS DA TRISTE ALEGRIA – seu primeiro livro de poemas ainda não publicado – “o quase livro de um pré-poeta”, nas palavras de Antonio Carlos Secchin, que fez a apresentação do livro.

As homenagens a Drummond foram constantes durante toda a FLIP:

- em todas as cadeiras da tenda dos autores havia sempre um postal com uma frase de Drummond. Selecionei quatro:

• Vai Carlos ! Ser gauche na vida.

E como ficou chato ser moderno, agora serei eterno.

• Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro.

• Mas há uma hora em que os bares se fecham e todas as virtudes se negam.

- no início de cada mesa uma poesia de Drummond era lida por alguém – ao vivo, ou uma gravação com a voz do próprio autor. Momentos emocionantes.

- minha mesa preferida foi “Drummond – o poeta moderno”, com Antonio Secchin e Alcides Villaça. Fizeram análises excelentes da poesia do poeta, contaram detalhes da sua vida, declamaram suas poesias – momentos inesquecíveis!

Fiquei emocionada com uma poesia lida por Secchin, uma grande descoberta para mim nessa FLIP:

Procurar o quê
O que a gente procura muito e sempre não é isto nem aquilo. É outra coisa. Se me perguntam que coisa é essa, não respondo, porque não é da conta de ninguém o que estou procurando. Mesmo que quisesse responder, eu não podia. Não sei o que procuro. Deve ser por isso mesmo que procuro.

Me chamam de bobo porque vivo olhando aqui e ali, nos ninhos, nos caramujos, nas janelas, nas folhas de bananeira, nas gretas do muro, nos espaços vazios. Até agora não encontrei nada. Ou, encontrei coisas que não eram a coisa procurada sem saber, e desejada.

Meu irmão diz que não tenho mesmo jeito, porque não sinto o prazer dos outros na água do açude, na comida, na manja, e procuro inventar um prazer que ninguém sentiu ainda. Ele tem experiência de mato e de cidade, sabe explorar os mundos, as horas. Eu tropeço no possível, e não desisto de fazer a descoberta do que tem dentro da casca do impossível.

Um dia descubro. Vai ser fácil, existente, de pegar na mão e sentir. Não sei o que é. Não imagino forma, cor, tamanho. Neste dia vou rir de todos. Ou não.

A coisa que me espera, não poderei mostrar a ninguém. Há de ser invisível para todo mundo, menos para mim, que de tanto procurar fiquei com merecimento de achar e direito de esconder.

Carlos Drummond de Andrade

Afora isso, o que mais gostei foi do escritor Enrique Vila-Matas. Sua presença marcante, a sua “não concessão” fazendo da literatura a sua razão de ser, foi uma diferença entre os demais. Fiquei tão curiosa pela sua obra e sua pessoa que comecei a ler naqueles dias um livro autobiográfico: Paris não tem fim. Recomendo!

Uma constante em todas as FLIPs é a má qualidade das mediações – os autores são requisitados a falar de política, de vários assuntos e a literatura, sua obra, fica de lado. Isso acaba prejudicando as mesas. Talvez por isso mesmo, até os mais esperados acabam sendo uma decepção: foi o caso da mesa sobre Shakespeare, que não decolou; de Ian McEwan, totalmente sem graça; a mesa dos cartunistas, insossa. E Jonathan Franzen, que desagradou a maioria, me agradou – disse o que queria e não o que esperavam que ele dissesse – no fundo foi o avesso do avesso.

O tititi no café da tenda dos autores, a proximidade com eles, os eventos em paralelo, a noite na praça e adjacências eram confirmações de que a FLIP é uma festa. Tirar uma foto com seu autor preferido, conversar sobre as mesas ou outros eventos, assistir ao campeonato de boxe na calçada de um bar e ver o brasileiro ser campeão mundial, curtir a cidade - fazem parte da festa.

Gostei do coquetel dos autores e patronos. Pude conversar com Luis Fernando Veríssimo e dizer o quanto representou na minha vida a obra de seu pai – meu escritor favorito – Érico Veríssimo. Falei com vários autores e produtores da FLIP. Aproveitei para cumprimentar Humberto Werneck – que adoro como escritor e que considero um dos melhores mediadores da FLIP, basta lembrar da mesa com Lobo Antunes. Autor de o Santo Sujo – livro sobre a biografia de Jaime Ovale – que acho um primor, conversamos longamente sobre a pesquisa que fez e resultou nesse livro. Um bom fecho da festa!

Gostei de mais essa FLIP. Não teria gostado se ela se resumisse apenas à tenda dos autores. Gostei porque a FLIP é mais do que isso. Mas, para se manter, tem que se reinventar.

Estamos aqui, prontos para colaborar !

 

 
 


segunda-feira, julho 02, 2012

PASSE SUAS FÉRIAS COM FREUD E LACAN

Em julho, para quem quiser tomar contato com a clínica do real de Jacques Lacan, ofereceremos uma programação intensiva a partir de 10/7.

São 15 aulas teóricas e 14 discussões clínicas, 12 delas mediadas por Jorge Forbes. Durante o período de férias, você assiste o que quiser, quando quiser, quantas vezes quiser. Investimento: R$ 450,00.
Informações e inscrições:
clique  aqui

ou pelos telefones:
(11) 3061- 0947 / 3081- 6346

Leia os depoimentos dos alunos do curso online - clque aqui.