sábado, outubro 23, 2010

OUTONO EM PARIS


São Paulo - Milão - Paris

Antes de Paris passei por Milão - minha rota prioritária - onde Letícia passa a maior parte do ano. Voltamos juntas das férias depois de 3 meses em São Paulo. Levar a filha de volta não é uma missão fácil - na ida tudo é festa; na volta é a confirmação que os filhos crescem e saem pro mundo; que a vida é uma eterna mudança.

É muito bom ver os filhos crescendo, optando e se arriscando. Sair do conforto da casa dos pais não é uma decisão fácil. É preciso coragem !



A maior razão dessa minha viagem à Paris era participar das 40èmes Journées de l'ECF de 9 e 10 de outubro, cujo tema neste ano era: Je viens pour ça.

A expectativa era grande pois no ano passado a ECF deu uma guinada e apresentou as suas melhores jornadas dos últimos tempos.

Em psicanálise é sabido que sustentar uma posição, sustentar o sucesso é muito difícil. Não foi diferente com a ECF: as jornadas deste ano foram muito fracas - não deram conta de seguir o movimento que deflagaram em 2009. Pena !

A grande atração do domingo era o mestre de artes marciais Jacques Normand que não pode apresentar sua performance porque o palco não tinha as medidas de segurança necessárias para a apresentação. A imagem do cartaz lembra um alvo, que nessas jornadas não foi atingido !

Nada de novo, nada que causasse entusiasmo. Como disse Jorge Forbes em seu twetter - A psicanálise que se pratica hoje na França avança na velocidade do país.

Enquanto isso, aqui em São Paulo, a psicanálise que praticamos se faz presente em debates com Marcelo Tas e MV Bill, no Santos Futebol Clube, no 60ºAnnual Meeting da ASHG - American Society of American Genetic em Washington - DC.

Ainda bem que pude rever os amigos e desfrutar dessa linda cidade e dos eventos culturais, mesmo no meio da grave geral que até hoje perturba o país!

Na noite de 10 de outubro o Grand Palais se vestiu de vermelho brilhante para a grande noite da música eletrônica - La 2nd Nuit Electro. A grande estrela da noite foi Laurent Garnier que deu um show maravilhoso para as seis mil pessoas que lotaram o espaço do Grand Palais desde 6 p.m. às 6 a.m. Inesquecível !!!!Adorei !!!!!!!!!!!!!!!!




Este ano foi o ano Monet para mim. Na minha viagem de abril a Paris fui a Giverny conhecer a casa de Monet e seu museu. Como em todas as vezes fui também ao Museu de L´Orangerie ver as Nimphéas.

Mas, a grande atração desta temporada, desde 22 de setembro de 2010 até 24 de janeiro de 2011 é a exposição de Claude Monet no Grand Palais.

MARAVILHOSA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! IMPERDÍVEL !!!!!!!!!!!!!!

O tempo médio de espera na fila é de 2 a 4 horas. Um amigo me deu a dica de comprar la Carte Sèsame que dá direito à entrada prioritária, sem fila e tem validade até 2011. E se comprar para duas pessoas pode levar um convidado. Super dica !!!!

Outra dica é ir após as 20h pois nesse horário a fila é muito pequena e o fechamento é somente às 22h.

É uma das maiores exposições sobre Monet. Mostra seus trabalhos desde o início até sua morte com ótmos textos e comentários. Se você vai a Paris até 24 de janeiro de 2011 não deixe de visitar essa exposição. Nessa minha temporada em Paris fui quatro vezes.



Outra programação que amei foi visitar os netinhos gêmeos de Alain Mouzat em Ballancourt-sur-Essone: Nolhan e Ambre.

Num outro dia peguei o trem da SNCF na Gare Montparnasse e fui a Chartres encontar Alain, Marcia e seus amigos. As histórias, os amigos, os vinhos, as comidas, os queijos (com aulas de corte de queijos) a bela catedral gótica, muita risada.... quelle belle journée !!!

Corine - uma cozinheira de mão cheia - preparou um menu especial para nos esperar:

Salade de feuilles vertes, tomate, échalotes et persil

Côte de veau à la Normande avec des frites

Fromages: Saint Maur, Brie, Gruyère, Emmenthal, Roquefort

Le moelleux au chocolat noir

É de comer rezando !!!!!

Clique para ver as fotos no meu álbum Picasa.

Fui também a vários restaurantes sempre acompanhada de bons amigos.

Outro ponto importante foram as promenades que fiz com outro amigo muito especial ao redor do Canal Saint Martin, Hôtel du Nord, etc...

Com essa programação rodeada de bons amigos só sinto vontade de voltar de novo!

quinta-feira, outubro 14, 2010

O PRÊMIO NOBEL MARIO VARGAS LHOSA

Fiquei muito contente com a notícia do Prêmio Nobel de literatura para Vargas Lhosa.

Sempre gostei muito dele, como escritor e como pensador. Comecei a ler seus livros quando morava no México, na década de 70.

O primeiro livro dele que li e me marcou foi A CASA VERDE, publicado em 1966, seu segundo romance, que recebeu o Prêmio Nacional de Novela do Peru em 1967. Fiquei encantada com seu estilo, com sua literatura.

Daí por diante li quase todos os seus livros, dos quais me lembro bem: Pantaleón e as visitadoras - super divertido e que deu origem a um filme do mesmo nome; A guerra do fim do mundo - uma maravilhosa narrativa sobre a guerra de Canudos - dedicado a Euclides da Cunha; A festa do bode; Tia Júlia e o escrivinhador; Conversa na Catedral.

Gosto dele como político - torci para ele quando se candidatou a presidente do Peru - infelizmente perdeu para Fujimori.

Nesta semana, aqui no Brasil, criticou Lula e falou ao Estadão: "A literatura não deve se afastar da vida. (...) Gostaria que a minha obra fosse como uma esponja que absorvesse tudo o que acontece no seu tempo. Não conheço grande literatura que tenha sido indiferente à política."

Grande Vargas Lhosa!

sábado, outubro 09, 2010

JOHN LENNON - 70 ANOS




Hoje está uma festa no youtube para a comemoração dos 70 anos de John Lennon. A página de abertura está customizada com um desenho/foto de Lennon e a maioria dos vídos dessa página são homenagens a ele, que faria 70 anos hoje.

Escolhi alguns vídeos para lembrar Lennon. Viaje:














sábado, outubro 02, 2010

ENCONTRO E SILÊNCIO

O relato do último encontro com um amigo - Encontro e Silêncio - é um texto lindo de Jorge Forbes falando de Pierre Rey. Delicado e comovente!

Ele nos conta: O melhor relato de uma análise com Jacques Lacan foi feito por Pierre Rey. Chama-se “Uma temporada com Lacan”, uma temporada que durou dez anos. Pierre Rey era jornalista e escritor. Nasceu no sul da França, em 1930, e morreu em julho de 2006, aos setenta e seis anos de idade, de câncer, em Paris.