Jorge Forbes participa do “Entre Aspas”, da TV Globo News, falando sobre as mudanças repentinas de status e as crises de identidade. Vídeo em dois blocos.
sábado, julho 31, 2010
MAIS UM VÍDEO DE JORGE FORBES NO YOUTUBE
Jorge Forbes participa do “Entre Aspas”, da TV Globo News, falando sobre as mudanças repentinas de status e as crises de identidade. Vídeo em dois blocos.
sexta-feira, julho 30, 2010
O PERIQUITO DO REALEJO VIROU GENOMA
sábado, julho 24, 2010
sexta-feira, julho 23, 2010
O ESCRITOR FANTASMA - FILME DE ROMAN POLANSKI
Roman Polanski está em plena forma - mesmo em prisão domiciliar na Suíça e desde o cárcere ele orientou seus assistentes na direção desse seu último filme.
Os atores estão ótimos: Ewan McGregor interpreta o escritor fantasma, que assume uma tarefa interrompida por seu antecessor: escrever as memórias de um poderoso político britânico, Adam Lang (vivido pelo ex-007 Pierce Brosnan), agora em retiro em uma ilha na costa norte-americana. Completam a festa: Olivia Williams, Tom Wilkinson e Kim Cattrall. É uma tensão crescente, uma chuva de surpresas, num thriller de tirar o fôlego.
Vale a pena conferir. Recomendo.
Veja o trailer:
quarta-feira, julho 14, 2010
JORGE FORBES PARTICIPA DO "ENTRE ASPAS" NA GN
terça-feira, julho 13, 2010
PAULO MOURA
domingo, julho 11, 2010
O FUTEBOL DOS MASCARADOS
Perdidos de sua identidade, jogadores se alienam em personalidades forjadas e em um sentimento de ilimitação.
É dessas fotos que ficam no imaginário coletivo: Pelé aos dezessete anos, campeão do mundo, chorando no ombro do grande Gilmar que o ampara, o consola, o anima, o conforta. Passados não mais de 52 anos, a reprodução dessa cena é quase impensável. Se o garoto Neymar tivesse sido campeão do mundo nos seus atuais 18 anos, como muitos queriam, em que ombro choraria de emoção, se é que choraria? No de Dunga, velho e bravo campeão; no de Kaká, veterano de outras copas e acostumado aos aplausos? Não, não parece a ninguém factível a repetição daquela cena protagonizada por Pelé e Gilmar, nos campos da Suécia. Meninos de hoje não choram mais nos ombros de seus ancestrais, meninos de hoje não têm ancestrais. A sociedade pós-moderna pulveriza as verticalidades e não provê acolhimento das angústias nas hierarquias verticais, nos mais velhos, nos mais experientes, nos que já passaram por isso. O resultado está aí: a série que deveria ser: descoberta, sucesso, fama, dinheiro, conforto e satisfação tem sido: descoberta, sucesso, fama, dinheiro, mulheres, drogas, violências, desastres, prisão ou ostracismo.
Podemos pensar em uma explicação paradigmática, além das particularidades de cada caso, o que o mais das vezes só anda tampando o sol com a peneira: foi o pai violento, a mãe alcoólatra, as más companhias, a péssima educação, o irmão psicopata, etc. Ocorre que a saída da pobreza e do anonimato para a riqueza e a fama, subitamente, gera uma forte crise de identidade. Ter sucesso é cair fora; na palavra sucesso, tem a raiz ceder, cair. Quem tem sucesso cai fora do seu grupo habitual de pertinência. Jobim não tinha razão quando dizia que o brasileiro não desculpava o sucesso, pois nenhum povo desculpa, só variam as maneiras de demonstrá-lo. A máxima de Ortega y Gasset ainda é válida: “Eu sou eu e a minha circunstância”. E quando a minha circunstância muda abruptamente, fica a pergunta profundamente angustiante: - “ Quem sou eu?”, que fundamenta a crise de identidade. Aí, com frequência a pessoa se aliena em uma identidade forjada, aquela que fica bem na fotografia, a máscara; surge assim o mascarado. Quantos e quantos jogadores de futebol não se transformaram em mascarados diante dos nossos olhos? E a coisa não pára por aí. A máscara não é suficiente para dominar a angústia causada pelo sucesso, vindo, em seguida, um sentimento terrível de ilimitação, de poder tudo. Quer alguma coisa, compra; quer um amor, toma; quer ter razão, impõe. Esse sentimento de quebra de fronteiras pede um basta que não raramente aparece da pior forma: no insulto, no acidente, na morte. Alguns têm a sorte de passarem por um desastre controlável e depois conseguem se recuperar, carregando beneficamente a cicatriz de sua desventura, mas muitos e muitos vão e não voltam.
Não pensemos que a solução está no treinamento de ombros amigos, como os do passado, dado em lições risíveis de moral e cívica extraídas dos panfletos de neo-religiões televisivas, ou de jornalistas histriônicos que se querem baluartes da dignidade social. O que entendemos necessário é um trabalho junto a todos os grupamentos que convivem com esse fenômeno de mudança de status repentina, dos quais as equipes de futebol são um exemplo maior, um trabalho que saiba tratar do problema da perda de identidade como foi aqui referida. No mundo de hoje, um mundo horizontal sem baluartes fixos, sem Gilmares para as pessoas se apoiarem, é necessário que possamos oferecer novos tratamentos às crises de identidade que se multiplicam. Se o tratamento não reside mais em se mirar no exemplo do ídolo da geração anterior, o que temos a fazer é implicar cada um em seu ponto de vergonha essencial, aquele que a fama não recobre e que o dinheiro não compra, um ponto de vergonha que todo ser humano carrega em si por ter nascido e não saber muito bem o que faz por aqui, por se sentir um acontecimento sem explicação. Pois bem, não deixemos ninguém se acomodar no empobrecedor e perigoso eu sou o máximo, fiquemos com a lição do próprio futebol: cada partida é uma nova partida, sem piloto automático, sem já ganhou, sem triunfalismo. Fica a recomendação para os técnicos do futuro: mais invenção com responsabilidade e menos repetição com disciplina.
sexta-feira, julho 09, 2010
FERIADO DE 9 DE JULHO
M.M.D.C. é o acrônimo pelo qual se tornou conhecido o levante revolucionário paulista, em virtude das iniciais dos nomes dos estudantes paulistas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mortos pelas tropas federais num confronto ocorrido em 23 de maio de 1932, que antecedeu e originou a Revolução Constitucionalista de 1932. Atualmente, os restos mortais dos estudantes estão sepultados no mausoléu do Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo.
No livro "Biografia do Brasil", Beatriz Forbes escreve:
Foi comovente de entusiasmo a revolução constitucionalista, foi triste e dolorosa pela morte inútil de tantos jovens na defesa obstinada dos túneis da Mantiqueira. Inútil, não ! Sejam quais forem as consequências, quem defende um ideal, nunca morre inutilmente ! Vargas levou 90 dias para derrotar os paulistas - de 9 de julho a 20 de setembro de 1932.
A wikipedia traz um bom histórico do movimento. Clique para acessar.
quinta-feira, julho 08, 2010
OS PERIGOS DE TUDO PODER
quarta-feira, julho 07, 2010
LIGIANA COSTA NO ENSAIO DA TV CULTURA
Ligiana voltou de Paris no ano passado - está aqui para mostrar seu canto.
Veja aqui a página de Ligiana no MySpace.
Hoje ela está no programa Ensaio da TV Cultura.
O apresentador Fernando Faro recebe a cantora, compositora e musicóloga Ligiana Costa. Dona de inúmeras viagens e um extenso currículo com diversas titulações, ela fala sobre a vida na Europa, seus estudos e canções. Nascida em Brasília, a artista, graduada em canto lírico, rodou o mundo e morou em vários países, entre eles a Holanda, onde realizou o sonho de estudar música barroca. Em seguida, foi para a Itália e lá passou a incluir a MPB em seu repertório, tendo ainda concluído um mestrado em filologia musical. Já em terras francesas, Ligiana começou a compôr, e foi em Paris que concebeu De Amor e Mar, seu primeiro trabalho. Produzido por Fernando Cavaco e Alfredo Bello, o disco conta com participações de Tom Zé, Hamilton de Holanda, Philippe Baden Powell, Marcelo Pretto e Fernando Alves Pinto – que faz uma participação especial nesta edição do Ensaio.
Na conversa com Fernando Faro, ela conta sobre a composição inusitada de Queda por um Samba, feita em parceria com o pai por telefone – ela na França e ele no Brasil – e da ocasião em que conheceu Philippe Powell, filho de Baden Powell, e dele gravou a canção Festa no Olhar. Ligiana também relata a viagem que fez à África e o fascínio que tem pelo continente.
Acompanhada pelo violonista Emiliano Castro, a cantora mostra um trecho da Canzoneta Spirituale Sopra Alla Nanna, uma canção barroca do século XVII composta por Tarquino Merula. O repertório do programa inclui músicas como Onda, de sua autoria; Consideração, composta por Cartola e Heitor dos Prazeres; e Só se não for brasileiro nessa hora, assinada por Moraes Moreira e Galvão.Viva Ligiana !