sábado, julho 31, 2010

MAIS UM VÍDEO DE JORGE FORBES NO YOUTUBE



Jorge Forbes participa do “Entre Aspas”, da TV Globo News, falando sobre as mudanças repentinas de status e as crises de identidade. Vídeo em dois blocos.




sexta-feira, julho 30, 2010

O PERIQUITO DO REALEJO VIROU GENOMA


Há um frisson no ar. Dentro de pouco tempo encontraremos nas farmácias testes genéticos que informarão da tendência de alguém ser acometido por uma doença grave. Jorge Forbes analisa neste artigo publicado na Revista Psique, nº 55, como isso pode afetar uma pessoa.

Clique aqui para ler o artigo.

sexta-feira, julho 23, 2010

O ESCRITOR FANTASMA - FILME DE ROMAN POLANSKI


Roman Polanski está em plena forma - mesmo em prisão domiciliar na Suíça e desde o cárcere ele orientou seus assistentes na direção desse seu último filme.


Os atores estão ótimos: Ewan McGregor interpreta o escritor fantasma, que assume uma tarefa interrompida por seu antecessor: escrever as memórias de um poderoso político britânico, Adam Lang (vivido pelo ex-007 Pierce Brosnan), agora em retiro em uma ilha na costa norte-americana. Completam a festa: Olivia Williams, Tom Wilkinson e Kim Cattrall. É uma tensão crescente, uma chuva de surpresas, num thriller de tirar o fôlego.


Vale a pena conferir. Recomendo.

Veja o trailer:



quarta-feira, julho 14, 2010

JORGE FORBES PARTICIPA DO "ENTRE ASPAS" NA GN


Jorge Forbes participa do “Entre Aspas”, da Globo News, programa exibido na noite de ontem e durante o dia de hoje.

O outro convidado, José Carlos Brunoro, foi mais uma feliz escolha de Mônica Waldvogel, âncora do "Entre Aspas".

O tema debatido: a formação dos jogadores de futebol e como lidar com o sucesso.

Jorge Forbes falou sobre as mudanças repentinas de status e as crises de identidade. Defendeu a tese de que o sucesso, a fama, essa mudança de identidade que experimentam os jogadores de futebol (e isso não acontece só no futebol) é o grande problema que eles tem que enfrentar. Um dia eles não tem nada e em outro dia tem dinheiro e fama. Há uma perda de identidade que faz com que essas pessoas não saibam mais quem são, então elas colocam uma máscara. - o dinheiro e a fama dão uma sensação de "poder tudo", não há limites. Eles precisam de um basta e fazem uma desgraça qualquer em busca desse basta. A gente precisa encontrar uma maneira de dizer para eles que há um limite, alguma coisa antes e não depois. A grande questão é: como não ser esmagado pelo sucesso?

Brunoro defende a tese de que o problema começa na base familiar - essas pessoas vem de famílias muito pobres e desestruturadas. O menino começa a ganhar bem e a sustentar a família - torna-se o salvador da família, mas não tem orientação. Os pais são ausentes e voltam quando o filho fica famoso tentando tirar proveito. Os jogadores caem nas mãos dos empresários que só tratam da questão como um negócio, não dizem não, não dão limites.

Outra questão debatida é a da liderança.

Brunoro diz que liderança é importante: o lider deve respeitar as individualidades e levá-los a um objetivo comum.

Forbes argumenta que o lider de ontem, como Gilmar, que sustentou Pelé, aos 17 anos, campeão do mundo, chorando em seu ombro assustado, não existe mais. A liderança hoje tem que misturar o singular com o afetivo. Não é a liderança burra, tipo sargentão, que Dunga praticou na seleção; isso é o contra-exemplo de liderança.

Finalmente, como não ser esmagado pelo sucesso?

Jorge Forbes argumenta que ao ter sucesso a pessoa cai fora do seu mundo e não consegue legitimar o que tem. Ter sucesso é não poder se reconhecer no outro. É preciso encontrar um outro tipo de reconhecimento, um reconhecimento pela responsabilidade, pelo seu acaso, pela surpresa. A pessoa que tem sucesso tem que tomar esse "bom" que ele é como uma responsabilidade de sustentar essa superioridade.


Foi um excelente programa, com um debate de alto nível. E a análise de Forbes é genial !!!

terça-feira, julho 13, 2010

PAULO MOURA


Sempre gostei muito de Paulo Moura, principalmente interpretando chorinhos.

Curti muito o primeiro disco que comprei dele, com Clara Sverner, há quase 30 anos.

A noite de hoje terminou com a notícia de sua morte.

Relembro aqui algumas de suas peças que aprecio e que encontrei no Youtube:







domingo, julho 11, 2010

O FUTEBOL DOS MASCARADOS

Nesse artigo publicado no Estadão deste domingo, Jorge Forbes analisa a crise de identidade, o que provocam as mudanças súbitas de status, consequências e tratamento.


Perdidos de sua identidade, jogadores se alienam em personalidades forjadas e em um sentimento de ilimitação.

Jorge Forbes

É dessas fotos que ficam no imaginário coletivo: Pelé aos dezessete anos, campeão do mundo, chorando no ombro do grande Gilmar que o ampara, o consola, o anima, o conforta. Passados não mais de 52 anos, a reprodução dessa cena é quase impensável. Se o garoto Neymar tivesse sido campeão do mundo nos seus atuais 18 anos, como muitos queriam, em que ombro choraria de emoção, se é que choraria? No de Dunga, velho e bravo campeão; no de Kaká, veterano de outras copas e acostumado aos aplausos? Não, não parece a ninguém factível a repetição daquela cena protagonizada por Pelé e Gilmar, nos campos da Suécia. Meninos de hoje não choram mais nos ombros de seus ancestrais, meninos de hoje não têm ancestrais. A sociedade pós-moderna pulveriza as verticalidades e não provê acolhimento das angústias nas hierarquias verticais, nos mais velhos, nos mais experientes, nos que já passaram por isso. O resultado está aí: a série que deveria ser: descoberta, sucesso, fama, dinheiro, conforto e satisfação tem sido: descoberta, sucesso, fama, dinheiro, mulheres, drogas, violências, desastres, prisão ou ostracismo.

Podemos pensar em uma explicação paradigmática, além das particularidades de cada caso, o que o mais das vezes só anda tampando o sol com a peneira: foi o pai violento, a mãe alcoólatra, as más companhias, a péssima educação, o irmão psicopata, etc. Ocorre que a saída da pobreza e do anonimato para a riqueza e a fama, subitamente, gera uma forte crise de identidade. Ter sucesso é cair fora; na palavra sucesso, tem a raiz ceder, cair. Quem tem sucesso cai fora do seu grupo habitual de pertinência. Jobim não tinha razão quando dizia que o brasileiro não desculpava o sucesso, pois nenhum povo desculpa, só variam as maneiras de demonstrá-lo. A máxima de Ortega y Gasset ainda é válida: “Eu sou eu e a minha circunstância”. E quando a minha circunstância muda abruptamente, fica a pergunta profundamente angustiante: - “ Quem sou eu?”, que fundamenta a crise de identidade. Aí, com frequência a pessoa se aliena em uma identidade forjada, aquela que fica bem na fotografia, a máscara; surge assim o mascarado. Quantos e quantos jogadores de futebol não se transformaram em mascarados diante dos nossos olhos? E a coisa não pára por aí. A máscara não é suficiente para dominar a angústia causada pelo sucesso, vindo, em seguida, um sentimento terrível de ilimitação, de poder tudo. Quer alguma coisa, compra; quer um amor, toma; quer ter razão, impõe. Esse sentimento de quebra de fronteiras pede um basta que não raramente aparece da pior forma: no insulto, no acidente, na morte. Alguns têm a sorte de passarem por um desastre controlável e depois conseguem se recuperar, carregando beneficamente a cicatriz de sua desventura, mas muitos e muitos vão e não voltam.

Não pensemos que a solução está no treinamento de ombros amigos, como os do passado, dado em lições risíveis de moral e cívica extraídas dos panfletos de neo-religiões televisivas, ou de jornalistas histriônicos que se querem baluartes da dignidade social. O que entendemos necessário é um trabalho junto a todos os grupamentos que convivem com esse fenômeno de mudança de status repentina, dos quais as equipes de futebol são um exemplo maior, um trabalho que saiba tratar do problema da perda de identidade como foi aqui referida. No mundo de hoje, um mundo horizontal sem baluartes fixos, sem Gilmares para as pessoas se apoiarem, é necessário que possamos oferecer novos tratamentos às crises de identidade que se multiplicam. Se o tratamento não reside mais em se mirar no exemplo do ídolo da geração anterior, o que temos a fazer é implicar cada um em seu ponto de vergonha essencial, aquele que a fama não recobre e que o dinheiro não compra, um ponto de vergonha que todo ser humano carrega em si por ter nascido e não saber muito bem o que faz por aqui, por se sentir um acontecimento sem explicação. Pois bem, não deixemos ninguém se acomodar no empobrecedor e perigoso eu sou o máximo, fiquemos com a lição do próprio futebol: cada partida é uma nova partida, sem piloto automático, sem já ganhou, sem triunfalismo. Fica a recomendação para os técnicos do futuro: mais invenção com responsabilidade e menos repetição com disciplina.

Só um psicanalista poderia fazer uma análise como esta!
Isso reafirma o pensamento que a psicanálise tem um papel importante para entender e tratar dos sintomas atuais.

sexta-feira, julho 09, 2010

FERIADO DE 9 DE JULHO


Muita gente curte o feriado de 9 de julho, mas esquece o que comemoramos neste dia.


São Paulo comemora no dia 09 de julho o aniversário do Movimento Constitucionalista de 1932. Mais do que uma revolução visando os interesses paulistas, os embates com o governo central tinham caráter democrático, pois reivindicavam uma nova Constituição e rechaçavam os rumos que a Revolução de 30 havia tomado.

M.M.D.C. é o acrônimo pelo qual se tornou conhecido o levante revolucionário paulista, em virtude das iniciais dos nomes dos estudantes paulistas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mortos pelas tropas federais num confronto ocorrido em 23 de maio de 1932, que antecedeu e originou a Revolução Constitucionalista de 1932. Atualmente, os restos mortais dos estudantes estão sepultados no mausoléu do Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo.


No livro "Biografia do Brasil", Beatriz Forbes escreve:
Foi comovente de entusiasmo a revolução constitucionalista, foi triste e dolorosa pela morte inútil de tantos jovens na defesa obstinada dos túneis da Mantiqueira. Inútil, não ! Sejam quais forem as consequências, quem defende um ideal, nunca morre inutilmente ! Vargas levou 90 dias para derrotar os paulistas - de 9 de julho a 20 de setembro de 1932.


A wikipedia traz um bom histórico do movimento. Clique para acessar.

Hino Constitucionalista de 1932 / MMDC: O hino foi composto por Marcelo Tupinambá e gravado por Francisco Alves em 1932.



quinta-feira, julho 08, 2010

OS PERIGOS DE TUDO PODER


A psicanálise caminha junto à Genética e questiona a moral romântica das escolhas pós-modernas absurdas. Qual é afinal o princípio da responsabilidade de cada um? Jorge Forbes analisa essa questão num artigo para a revista Psique, nº 54.


Leia o artigo clicando aqui.

quarta-feira, julho 07, 2010

LIGIANA COSTA NO ENSAIO DA TV CULTURA


Ligiana voltou de Paris no ano passado - está aqui para mostrar seu canto.


Veja aqui a página de Ligiana no MySpace.


Hoje ela está no programa Ensaio da TV Cultura.


O apresentador Fernando Faro recebe a cantora, compositora e musicóloga Ligiana Costa. Dona de inúmeras viagens e um extenso currículo com diversas titulações, ela fala sobre a vida na Europa, seus estudos e canções. Nascida em Brasília, a artista, graduada em canto lírico, rodou o mundo e morou em vários países, entre eles a Holanda, onde realizou o sonho de estudar música barroca. Em seguida, foi para a Itália e lá passou a incluir a MPB em seu repertório, tendo ainda concluído um mestrado em filologia musical. Já em terras francesas, Ligiana começou a compôr, e foi em Paris que concebeu De Amor e Mar, seu primeiro trabalho. Produzido por Fernando Cavaco e Alfredo Bello, o disco conta com participações de Tom Zé, Hamilton de Holanda, Philippe Baden Powell, Marcelo Pretto e Fernando Alves Pinto – que faz uma participação especial nesta edição do Ensaio.

Na conversa com Fernando Faro, ela conta sobre a composição inusitada de Queda por um Samba, feita em parceria com o pai por telefone – ela na França e ele no Brasil – e da ocasião em que conheceu Philippe Powell, filho de Baden Powell, e dele gravou a canção Festa no Olhar. Ligiana também relata a viagem que fez à África e o fascínio que tem pelo continente.

Acompanhada pelo violonista Emiliano Castro, a cantora mostra um trecho da Canzoneta Spirituale Sopra Alla Nanna, uma canção barroca do século XVII composta por Tarquino Merula. O repertório do programa inclui músicas como Onda, de sua autoria; Consideração, composta por Cartola e Heitor dos Prazeres; e Só se não for brasileiro nessa hora, assinada por Moraes Moreira e Galvão.

Viva Ligiana !

quinta-feira, julho 01, 2010

FILHOS, COMO SABÊ-LO ?


Não há relação humana mais fundamental que de filhos com pais e vice-versa. E por que pais podem chegar a matar filhos e filhos, a matar pais? Podemos tirar-lhes a responsabilidade? Leia o que diz Jorge Forbes nesse artigo publicado na revista Psique, nº 52.