sexta-feira, janeiro 29, 2010

PSICANÁLISE E O MERCADO DE CAPITAIS - ANALISANDO A CRISE


O que a psicanálise tem a propor frente à crise financeira que atinge o mundo hoje?


A leitura do livro SURVIVRE AUX CRISES de Jacques Attali - lançado em novembro de 2009 em Paris - pelos pesquisadores do Projeto Análise, coordenado por Jorge Forbes, abriu a questão:


O que os psicanalistas querem saber da crise e dos mercados de capitais?


Cerca de 90 perguntas foram propostas e o IPLA organizou um curso neste fim de semana para seus membros e convidados:


Já analisamos a "crise" que se abateu sobre o mundo de diversos ângulos; agora parece necessário, aos psicanalistas, melhor compreensão dos mercados de capitais. “Trata-se simplesmente de saber de que história a gente fala... .... A mais-valia é, então, o fruto dos meios de articulação que constituem o discurso capitalista”, J. Lacan (Séminaire XVI, pg 37).
Faz parte da formação auxiliar de um psicanalista: filosofia, lógica, sociologia, história, etc. Curiosamente, não, matérias econômicas.

O IPLA fará uma imersão de conhecimento nos aspectos econômicos da crise e suas ainda repercussões futuras. Convidou, para dar um curso, neste final de semana, alguém do mercado de capitais, de forte formação intelectual, que compreende as questões dos psicanalistas e pode lhes aportar novos subsídios.

Trata-se do advogado-parecerista Luiz Forbes, que foi presidente da Brazilian-American Chamber of Commerce, Inc., New York; diretor da BM&F, representante da BM&F e da Bovespa em Nova York ; presidente da Aim Brazil Corp., New York, e diretor da CVM. Atualmente: membro (e ex-presidente) do Conselho de Supervisão da BSM - BM&FBOVESPA Supervisão de Mercados; membro da Câmara de Arbitragem da BM&FBOVESPA.

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Mercados Financeiros e Crises Macroeconômicas in a Nutshell
Pontos a Ponderar para Psicanalistas

Tópicos Principais

• Mercados Financeiros: distinguindo alhos de bugalhos
• Os inacreditáveis números dos mercados de derivativos e a sua inegável importância
• Mas não são tais mercados pura e simples jogatina?
• E o que há de errado em jogos inteligentes?
• Friedman e a criação dos derivativos modernos
• Non omnibus licet...
• O nó borromeu dos mercados
• Como conduzir bem a caravana sem cuidar dos C.A.M.E.L.S.?
• 1929, 1984, 1987, 2008/2009... E daqui pra frente? Mar de almirante, novas marolinhas ou um tsunami terminal?
• A volta ao estádio de Glass-Steagall, a quebra definitiva do espelho, o uso consciente da espingarda de Douglas? Ou nada disso?

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Três Palestras:

Sexta-feira, dia 29.1, das 20h15 às 22h15
Sábado, dia 30.1, das 10h15 às 12h15
Sábado, dia 30.1, das 16h15 às 18h15

Local: sede do IPLA: Rua Augusta, 2366, casa, 2.
Valor da inscrição, exclusiva para membros do IPLA: R$ 250,00, com Claudia. (Não membros poderão se inscrever, na medida da disponibilidade de lugar e sendo convidado por um membro)


Haverá uma atividade extra de introdução ao tema, por Ariel Bogochvol, sobre o livro "Survivre aux Crises", de Jacques Attali, na sexta-feira, das 19 às 20h.


Confirme a sua inscrição o mais breve possível.


Mais informações no Site do Projeto Análise.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO ...

Um fim de semana na cidade do Rio de Janeiro é sempre um bom programa. Principalmente quando a chuva maltrata São Paulo e o sol brilha no Rio.

Neste fim de semana curti essa cidade que é conhecida como uma das mais lindas do planeta - a cidade maravilhosa.

Uma boa opção é hospedar-se no Copacabana Pálace e curtir sua piscina maravilhosa, almoçar com amigos, à noite ir para um samba na Lapa, pegar um teatro, dançar na Estudantina ...

Um bom livro para ler na espreguiçadeira do Copa é sempre recomendado. Desta vez dividi meu tempo entre dois livros: Survivre aux crises, de Jacques Attali (que estamos estudando no Projeto Análise) e Noblesse Oblige, de Nancy Milford (presente de um amigo querido). Ainda farei um comentário aqui sobre esse último, pois é muito interessante e diverido!


Na sexta-feira à noite, a pedida é ouvir Teresa Cristina e o Grupo Semente no Carioca da Gema

ao lado dos arcos da Lapa.

O show dessa sexta-feira foi em homenagem aos 100 anos de Amélia Buarque de Holanda (o aniversário é hoje, 25 de janeio).


Meméia escolheu algumas músicas para Teresa cantar e o resultado foi um show inédito com marchinhas antigas de carnaval, sambas-enredo de escolas de samba do Rio e músicas de Chico Buarque de Holanda.


Dentre as músicas de Chico dedicou especialmente para Meméia - O Meu Guri - que penso ser, na voz de Teresa, a melhor interpretação dessa música. Veja aqui:




Outro programa legal foi a visita a um amigo que mora no Humaitá - um pedaço do Rio encrustado na mata Atlântica, com um jardim de avencas e macaquinhos nas árvores do quintal:











O Rio de Janeiro continua lindo .... Aquele Abraço !

domingo, janeiro 17, 2010

A PSICANÁLISE TOCA O ESTRANHO EM CADA UM - O excitante amor ao diferente - por Jorge Forbes


Freud, o criador da Psicanálise, chamou de "o estranho" (Das Unheimlich), esse algo que sempre falta, essa falha na minha intimidade, esse "êxtimo", como nomeou Lacan. (JF)

Jorge Forbes, num texto maravilhoso publicado hoje no jornal O ESTADO DE S. PAULO (Caderno Aliás) - "O excitante amor ao diferente", analisa o caso da estudante de direito e filha de professora universitária que ajuda o namorado, office-boy procurado pela justiça, a assaltar a própria mãe.

No meio da tragéida do Haiti, Forbes aponta: Essa pequena notícia veiculada nessa semana fica incomodando tal qual uma espinha, ao lado de tragédias bem mais retumbantes.

Forbes destaca neste texto o novo valor da família na era da globalização: o centro da responsabilidade ética da sociedade, como apontou Elza Macedo em seu twitter (@elzamacedo).

Seguem algumas frases escolhidas deste texto, que nos fazem pensar:

Quando os "intocáveis" do laço social (mãe, religião) começam a desmoronar, com justa razão há um alerta geral.

Tem muito pai e mãe que não falam mais nada para seus filhos, hoje em dia, amordaçados pela patrulha do politicamente correto. Se disserem alguma coisa, estarão discriminando. Mas não haveria uma forma de se falar, sem ser condenado por sua opinião?

Quando pessoas convivem por muito tempo, de duas, uma: ou elas têm muita coisa a repartir - interesses, valores culturais e éticos -, ou elas, sendo muito diferentes, tentam anular a diferença que as afasta, hipertrofiando os prazeres básicos sexuais e anulando qualquer outro sistema de laço social que as distancie.

O amor entre os diferentes é muitas vezes mais excitante do que a modorrice dos semelhantes.

Nessa sociedade que perdeu os parâmetros há que se tomar cuidado em se pensar que finalmente somos todos iguais. Não, ao contrário, o que fica evidente é que somos todos diferentes, o que exige muito mais responsabilidade em qualquer relação.

Contrariando o bom-senso, que sempre pensa mal, a tendência da globalização é de sublinhar um novo valor da família, que não é desmentido pelo grande aumento dos divórcios, se entendermos a lógica.

A família será o centro da responsabilidade ética - disse ética, e não moral - da sociedade.

Família, grosso modo, é do que nos queixamos com mais veemência e paixão. É o grupo do qual mais se espera o reconhecimento que nunca chega e a compreensão impossível de sua dor.

É na insatisfação da família que cada um lapida o que lhe falta, a saber, o seu desejo, pois não há desejo sem falta.

Quando nos encontramos com alguém, mais claro fica que alguma coisa de mim falta ao encontro, exatamente essa coisa estranha, essa transcendência da imanência, essa falha na minha intimidade, esse "êxtimo", como o nomeou Lacan. Pois bem, depois do divino e da razão, é essa intimidade estranha que servirá de guia ético para o novo tempo. Sua estranheza exigirá de cada um duas coisas: invenção e responsabilidade. Inventar um sentido para o que não tem, para o estranho, e se responsabilizar pela sua publicação no mundo.

Se ontem as famílias estavam a serviço da República, mandando seus filhos para a guerra, por exemplo, hoje, a República deverá servir às famílias. É o remédio contra o que nos repugna: uma filha ficar de campana para a mãe ser assaltada.

Leia a íntegra do artigo no link do estadao.com.br

domingo, janeiro 10, 2010

sábado, janeiro 09, 2010

VOCÊ TEM PRESSA DE QUE ?



O tema do site Prova dos 9 é a pressa. Confira e publique seu post também: http://www.provados9.com.br/


Não tenho pressa: não a têm o sol e a lua


Ninguém anda mais depressa do que as pernas que tem.
Se onde quero estar é longe, não estou lá num momento.

Sim: existo dentro do meu corpo.
Não trago o sol nem a lua na algibeira.
Não quero conquistar mundos porque dormi mal,
Nem almoçar o mundo por causa do estômago.
Indiferente?
Não: filho da terra, que se der um salto, está em falso,
Um momento no ar que não é para nós,
E só contente quando os pés lhe batem outra vez na terra,
Traz! na realidade que não falta!

Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passe adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salte por cima da sombra.
Não; não tenho pressa.
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega
Nem um centímetro mais longe.
Toco só aonde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E somos vadios do nosso corpo.
E estamos sempre fora dele porque estamos aqui.

(Alberto Caeiro)

quarta-feira, janeiro 06, 2010

FELIZ 2010 !!!!


Ilhabela foi o lugar escolhido para fechar o ano de 2009 e começar a nova década.

Reveillon 2009/2010

Com os filhos, amigos - muita alegria, muita música (ouvindo o CD Nasci para Bailar 2009/2010) e curtindo as lindas praias de Ilhabela - um bom começo de ano !

E as fotos do Natal animado em casa

NATAL 2009