segunda-feira, março 27, 2006

LETÍCIA



O dia do aniversário de uma filha é um dia diferente.
Ela, feliz com sua maioridade já conquistada, universidade, namorado, amigos, muitos planos. Confiante. O que vem pela frente?
A mãe pariu novamente, como se fosse a primeira vez. Uma alegria da vitória, uma confiança no porvir, uma saudade do que já foi.
Que pode dizer uma mãe para sua filha?
_Vá em frente, não se intimide.
_Acredite em você, não tenha medo de se arriscar.
_A verdade não existe e a felicidade é uma conquista.
_Lute pelo que você acredita. Vá atrás do seu desejo.
_Estude. Trabalhe. Cante. Dance. Ria.
E quando sentir falta de um carinho, uma palavra, um regaço,
Um abraço te espera.

Os heróis se calam
antes de contar
o que realmente viveram.
Os heróis se calam,
não eu.

Divido as cebolas na tábua,
divirto-me com o sofrimento,
assusto o almoço
com minha risada,
enumero os cabides no armário,
arte inútil que me fixa
até o sol baixar.

Salvo um dia de cada vez.
Os telhados também são muros.
Orquídeas surgiram nas calhas.
A semente não escolhe
o lugar da queda,
o solo da floração.
Germina erros.

Viver é despreparo.
Ao apanhar um pacote,
outros escorregam.
Sento na calçada,
desolada com a comida espalhada,
faltando-me a calma da chuva.
Salvo um dia triste de cada vez.

CARPINEJAR (Cinco Marias)

domingo, março 26, 2006

2 FINS DE SEMANA - 2 FILMES


Crash - No Limite

O azarão do Oscar 2006, levou 3 estátuas: melhor roteiro original, melhor montagem e melhor filme.
Um filme denso, com histórias e personagens que se entrelaçam.
Um retrato do mundo globalizado.
As pessoas lutando contra o preconceito, sofrendo o preconceito racial e cultural, vivendo as dificuldades deste mundo cheio de conflitos, de regras e de falta de regras, de facilidades e múltiplas opções que dificultam as escolhas.
Uma hora bandido; outra, mocinho.
Existe o certo? Existe o errado?
"Aquele que está rodeado de incerteza não pode estar com a verdade?", diz Richard Feynman.
Um fim de semana intenso. Um filme intenso.

A Garota da Vitrine (Shopgirl)

Esse filme também, como o anterior, se passa em Los Angeles.
O tema porém, é muito mais leve, uma comédia romântica, que fala dos solitários.
Do medo das pessoas de se envolverem, da facilidade de iniciar um caso novo, da dificuldade de sustentar um relacionamento.
Mais uma indicação de Contardo Calligaris, que neste caso, faz uma matéria melhor que o filme. Ele explica que esse homem que precisa da liberdade solitária, de fato só se interessa pela mulher de um outro - sua mãe. E na impossibilidade de tê-la, prefere ficar com nenhuma, ainda que sofra da falta de alguma delas.
Eu prefiro ver sob outro ângulo: O amor líquido, de Bauman.
A liquidez das relações, a falta ou a fragilidade dos vínculos. Retrato destes tempos.
Um fim de semana solitário. Um filme sobre solitários.

sexta-feira, março 24, 2006

DESCOBRINDO UM POETA DE 90 ANOS

Hoje fui apresentada à obra de Manoel de Barros, um poeta nascido em Cuiabá, em 1916. Irreverente na lógica e na forma de escrever, há quem diga que seu estilo lembra os surrealistas.

Uma poesia escrita por quem aprendeu sozinho que "uma árvore bem gorjeada passa a fazer parte dos pássaros que a gorjeiam", diz Machadinho, de cuja publicação sobre o poeta, extraí esses dois poemas:

DESEJAR SER

Nasci para administrar o à-toa
o em vão
o inútil.

Pertenço de fazer imagens.
Opero por semelhanças.
Retiro semelhanças de pessoas com árvores
de pessoas com rãs
de pessoas com pedras
etc etc.

Retiro semelhanças de árvores comigo.
Não tenho habilidade pra clarezas.
Preciso de obter sabedoria vegetal.
(Sabedoria vegetal é receber com naturalidade uma rã no talo.)
E quando esteja apropriado para pedra, terei também sabedoria mineral.


SEIS OU TREZE COISAS QUE EU APRENDI SOZINHO

Com cem anos de escória uma lata aprende a rezar.
Com cem anos de escombros um sapo vira árvore e cresce por cima das pedras até dar leite.
Insetos levam mais de cem anos para uma folha sê-los.
Uma pedra de arroio leva mais de cem anos para ter murmúrios.
Em seixal de cor seca estrelas pousam despidas.
Mariposas que pousam em osso de porco preferem melhor as cores tortas.
Com menos de três meses mosquitos completam a sua eternidade.
Um ente enfermo de árvore, com menos de cem anos, perde o contorno das folhas.
Aranha com olho de estame no lodo se despedra.
Quando chove nos braços da formiga o horizonte diminui.
Os cardos que vivem nos pedrouços têm a mesma sintaxe que os escorpiões de areia.
A jia, quando chove, tinge de azul o seu coaxo.
Lagartos empernam as pedras de preferência no inverno.
O vôo do jaburu é mais encorpado do que o vôo das horas.
Besouro só entra em amavios se encontra a fêmea dele vagando por escórias...
A quinze metros do arco-íris o sol é cheiroso.
Caracóis não aplicam saliva em vidros; mas, nos brejos, se embutem até o latejo.
Nas brisas vem sempre um silêncio de garças.
Mais alto que o escuro é o rumor dos peixes.
Uma árvore bem gorjeada, com poucos segundos, passa a fazer parte dos pássaros que a gorjeiam.
Quando a rã de cor palha está para ter — ela espicha os olhinhos para Deus.
De cada vinte calangos, enlanguescidos por estrelas, quinze perdem o rumo das grotas.
Todas estas informações têm soberba desimportância científica — como andar de costas.

quinta-feira, março 23, 2006

ROMPENDO O SILÊNCIO


Pra rua me levar....

Ouça a música com Seu Jorge e Ana Carolina:

http://radio.terra.com.br/busca/musicas.php?musica=Prá%20Rua%20Me%20Levar

Minha sugestão é a versão número 4, com a dupla.

E a letra, se preferir ler ouvindo a música:


Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você

É mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar

sexta-feira, março 17, 2006

O EXTERMÍNIO DOS INTRUSOS


Esse foi o tema de Jorge Forbes, na palestra que fez esta noite em Belo Horizonte -que já de início criou uma polêmica sobre o seu significado.
Quem seriam os intrusos?
Abordou o tema sob três aspectos:

1) a questão da responsabilidade do inconsciente
Como podemos ser responsáveis por aquilo que não sabemos?
Desenvolveu esse ponto a partir de um texto de Freud: Responsabilidade moral pelo conteúdo dos sonhos. Provocou a platéia com algumas questões:
· É muito fácil suportar um sonho quando ele não é seu;
· A psicanálise põe em questão qualquer moral;
· O que Freud chama de sentimento humano não se adequa a nenhuma padronização;
· Lacan diz que o sentimento mente. A angústia não mente – ela não é sentimento, é um estado.

2) a questão da avaliação
Ser avaliado é ter garantia no lugar do Outro.
A avaliação compara as pessoas a partir de um padrão, deixando de lado a singularidade.
Desenvolveu esse ponto a partir do livro “Você quer mesmo ser avaliado?”, de Jacques-Alain Miller e Jean-Claude Milner, com prefácio do próprio Jorge Forbes.
· Há um sentimento que é preciso aliviar os que sofrem da angústia da liberdade alcançada. Liberdade para criar e se responsabilizar pela invenção de um modo de vida que uma singularidade incomparável pede;
· Como colocar o juízo da sociedade sobre o sonho de cada um?

3) a clínica psicanalítica x a clínica psiquiátrica
A melhor escola de psicanálise é o divã.
A nova febre da psiquiatria são os avaliadores – os protocolos de atendimento.
O que é a psicanálise? – É uma ética. É uma ética distinta da ética psiquiátrica.
O psiquiatra faz uma prescrição. O que não está dentro das características definidas não é considerado.
Na psicanálise, o analisando é quem diz o que não vai bem. O analista é curioso e insatisfeito. Sempre quer saber mais. Ele se interessa pelo “locutor”, não pela “locução”. O analista quer um ato.

Todo excesso é um intruso. Esse intruso, esse gozo, pode ser captado pela palavra.

A análise é um trabalho de legitimação; de nomeação. A única forma de afastar o intruso é através da nomeação. O sofrimento cessará quando não tivermos mais medo das palavras. Não de dizê-las, mas de ouvi-las.


Grande Jorge Forbes!

Pretendo fazer um texto sobre essa bela conferência e publicar no site do IPLA ou quem sabe, no site do Projeto Análise - Aguardem!!!

quinta-feira, março 16, 2006

MENTIRAS SINCERAS


Sempre digo a verdade: não toda, porque dizê-la toda não se consegue. Dizê-la toda é impossível, materialmente: faltam palavras. É por esse impossível, inclusive, que a verdade tem a ver com o real. (Jacques Lacan).

Mentiras sinceras é o nome em português do filme "Separate lies", de Julian Fellowes, que está nos cinemas. Li o artigo de Contardo Calligaris na Folha Ilustrada hoje, falando sobre esse filme e fiquei muito curiosa para ir ao cinema e conferir. Fui. É desses filmes que prendem a atenção o tempo todo e depois de sair da sessão a questão ainda continua.

Trata de uma questão que toca aos casais: o amor, a convivência, as expectativas e sobretudo, a generosidade. A história é sobre um triângulo amoroso e como certos sentimentos ou reações são inexplicáveis. Uma explicação, porém, dada pela mulher que trai o marido, me surpreendeu: "Com o outro tudo é fácil (easy); ele não espera nem exige nada dela". Acho que essa é a chave para a convivência a dois.

Contardo, em seu artigo, baseia-se em Lacan para dizer "que o maior sinal de amor é o dom do que a gente não tem" (de uma citação de Lacan: "Ofereço-lhe o que não tenho e que você não quer e não me pede"). E isso é oposto do que os casais esperam e exigem um do outro.

Experimente. Veja o filme - se nào vale para este, quem sabe para o próximo....

quarta-feira, março 15, 2006

ACERTO DE CONTAS


ESCÁRNIOS


Desatarei a fantasia em calda de pavão num ciclo de matizes,
Entregarei a alma ao poder do enxame das rimas imprevistas.
Ânsia de ouvir de novo como me calarão das colunas das revistas
Esses
Que sob a árvore nutriz
Escavam com seus focinhos as raízes.


(Maiakóvsky, 1916)

E com Paulinho da Viola, de Paulo Vanzolini: Bandeira de Guerra (clique para ouvir)

domingo, março 12, 2006

UM PASSEIO PELA BIENAL DO LIVRO - SP


Final de domingo feliz. Depois de deixar Angélica vitoriosa em Belo Horizonte, me presenteei com uma visita à Bienal do Livro de S. Paulo, no Anhembi. Fui ávida nos estandes onde me esperavam algumas jóias.

ESCREVER É CORTAR PALAVRAS - Frase de Carlos Drummond de Andrade, serve para falar do grande Guimarães Rosa, de quem comemoramos os 50 anos do livro Grande Sertão Veredas, relançado pela Ed. Record agora na Bienal. Também teve seu relançamneto pela Editora Globo, a melhor biografia de Carlos Drummond de Andrade: Os Sapatos de Orfeu, por José Maria Cançado. Essa biografia, que estava esgotada há algum tempo, é uma obra-prima sobre Drummond e seu tempo.

Outro lançamento me interessava:

- Você quer mesmo ser avaliado? - de J.A. Miller e J. C. Milner, com prefácio de Jorge Forbes. Seus autores não concebem uma vida sem silêncio, sem singularidade: eles consideram, inversamente, que é esse silêncio, o silêncio invaliável, incomensurável, a própria essência da dignidade humana, fonte da invenção e da responsabilidade. Segundo JF, que disse essas palavras no Prefácio, esse livro é um despertador, um alerta, uma sacudida no sono dos acomodados. (Ed. Manole)

Ainda encontrei outros livros que vão me fazer sonhar e sacudir os pensamentos:

- Europa - de Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, autor do livro "Amor líquido" - sobre a fragilidade dos laços humanos. Nesse livro Bauman fala da Europa como uma referência para a reorganização num mundo globalozado. (Jorge Zahar Ed.)

- Carême - de Ian Kelly, uma biografia sobre esse célebre Chef, conhecido como o Cozinheiro dos Reis, que serviu Napoleão, o Czar da Rússia e a família Rothschild, entre outros, com receitas originais e histórias da época. (Jorge Zahar Ed.)

- A interpretação dos sonhos - de Sigmund Freud, numa edição comemorativa dos 100 anos da obra. (Ed. Imago)

- Almanaque do samba - de André Diniz, uma cronologia do samba e suas histórias. (Jorge Zahar Ed.)

- Um século de poesia (Antologia) - de Augusto Frederico Schmidt. Fiquei curiosa e quis conhecer a poesia desse poeta e personagem da época de Juscelino Kubitscheck, que acompanho na série da TV Globo. (Ed. Globo)

- Poesia Erótica - em tradução de José Paulo Paes, numa antologia representativa da poesia erótica do ocidente, com autores da antiguidade até contemporâneos. (Companhia das Letras - Bolso)

- Zeca era diferente - uma história para crianças de Norman Rockwell, com ilustrações desse maravilhoso artista. Uma história para crianças e adultos. (Companhia das Letrinhas)

Vou parando por aqui, mas se pudesse enchia a sala, pois minha biblioteca já está quase lotada.

sábado, março 11, 2006

VITÓRIA



O inesperado sempre nos atemoriza, nos deixa inseguros.
Mas quando se tem firmeza, obstinação e fé, a vitória é certa.
"Tudo vale a pena, se a alma não é pequena".

PARABÉNS ANGÉLICA!!!!


Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.


Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.


Fernando Pessoa, 18-9-1933

Almoço e palestra. Flores e ervas, uma jornada para a alma.


QUANDO
Dia: 12 de março de 2006

ONDE
"Flores e Ervas, uma jornada para a alma”
Palestrante: André Genesini
Horário: 11h
Sao Restaurante: Rua Henrique Monteiro, 70
Telefone: (11) 3034.5383


QUANTO
Palestra: R$ 30
Palestra + Menu Degustação: R$ 56

quinta-feira, março 09, 2006

FURO DE REPORTAGEM


A Rádio Lacaniana conseguiu um furo de reportagem em plena segunda-feira de carnaval!!!

No domingo, conversei com Gil sobre a Rádio Lacaniana e o site do IPLA. Ele ficou interessado quando contei as atividades da Rádio e do nosso trabalho no IPLA. Marcamos a entrevista para a noite seguinte, lá no Camarote dele e de Flora Gil, o Expresso 2222.

Na segunda-feira, enquanto os trios elétricos passavam em frente ao camarote, me coloquei a postos com meu gravador portátil e pedi a ele que me desse então a entrevista prometida. Ele foi atencioso e mostrou-se muito à vontade.

Meu compadre Ezequiel, que havia me acompanhado até lá, ficou com a câmera fotográfica e registrou o momento histórico. Grande Ezequiel!!!

Gil foi se interessando cada vez mais pelo tema e respondendo as perguntas que haviam sido elaboradas por Jorge Forbes, a pedido meu. Como não consigo deixar de colocar minha " marca" em tudo que faço, fiz alguns comentários e incluí uma questão extra.

De início eu estava pouco à vontade e ansiosa, chegando a interromper a fala de Gil. Depois, o barulho do carnaval obrigou-me a ficar mais concentrada e a conversa foi "rolando" mais naturalmente.

No final, eu estava me sentindo realizada e fiquei exultante quando Gil disse que tinha gostado muito da entrevista. Não pude deixar de tietar e dizer o quanto gostava dele como músico, de como tinha feito parte da minha vida e da vida de meus amigos, de meus filhos, etc...

Não foi a primeira vez que fiz entrevistas para a Rádio Lacaniana - no Movimento "Da Indignação à Ação" havia entrevistado Fernando Gabeira e Miguel Reale Jr. Mas dessa vez foi diferente: uma longa entrevista, durante o carnaval, com o Ministro da Cultura fazendo as vezes do respeitado e querido músico Gilberto Gil, falando de psicanálise, de Deus, de Lacan, da globalização, etc. Algo inédito!!!

Foi emocionante. Estou orgulhosa!!!

Vale a pena conferir.

Para ler, clique em: http://www.jorgeforbes.com.br/br/contents.asp?s=24&i=12

Para ouvir, clique em: http://www.ipla.org.br/radiolacaniana/radiolacaniana.html

sábado, março 04, 2006

CONVENTO DO CARMO - SALVADOR


O Convento do Carmo fica no centro histórico de Salvador, no bairro Santo Antonio, próximo ao Pelourinho. O convento foi restaurado e transformado em hotel por uma cadeia de hotéis portugueses. Inaugurado em setembro, faz parte do grupo Pousadas, de Portugal.

É muito agradável ficar hospedado aí. A tecnologia moderna aliada a arquitetura e mobiliário de convento e museu histórico resulta algo muito agradável. Principalmente nesse caso em que o bom gosto e a boa culinária estão presentes.

Depois da loucura do carnaval, descansar no convento, desfrutar da piscina, tomar um banho de mar e passear pela cidade é fechar a semana com chave de ouro. Um prêmio que se dá a quem merece.












Hotel Convento do Carmo.





Almoço no Rio Vermelho com Nanda, Paula e Melo






Um passeio pela Bahia de São Salvador






Por do sol no Porto da Barra

IATE CLUB DE SALVADOR

Comodoro Chico Diabo recepcionando Ezequiel, Eugênio Filho e Júnior.

É o club mais democrático da Bahia. Recebem os paulistas e cariocas, amigos dos sócios. E o Comodoro Chico Diabo é a pessoa mais conhecida do Club. Uma figura!

Excelente presente oferecido pelos amigos Eugênio, Eliane, Paula e Eugênio Filho.

quarta-feira, março 01, 2006

BALANÇO GERAL


A quarta-feira de cinzas veio em boa hora. O carnaval baiano é um excesso.

Aqui em Salvador, os trios elétricos que mais fizeram sucesso foram: Margareth Menezes, Chiclete com Banana, Daniela Mercury, Araketu e Fat Boy. Esse último, junto com o DJ Malboro trouxeram dois ritmos novos (música eletrônica e funk) que levantaram a galera.

No camarote Expresso 2222, rolou muito papo bom com o Ministro Gilberto Gil. Para mim, foi o melhor do carnaval.

Para terminar ouça essa música de Caetano Veloso (que neste ano não apareceu por aqui): Um Frevo Novo


O Ministro vestido de Filho de Gandi e num papo psicanalítico comigo. Formidável!

Aqui, um trecho da sua composição "A linha e o linho":

E' a sua vida que eu quero bordar na minha Como se eu fosse o pano e voce fosse a linha E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto-a-ponto nosso dia-a-dia.
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O zig-zag do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão ...





Sabrina Sato em 3 versões.










Flora Gil navegando no espaço do Glamurama.

Nando Reis pra lá de Bagdá.

Daniela, Joyce e Kiel: final de festa.